Uma Noite no Museu 2 é praticamente uma cópia do primeiro filme, de 2006 - a não ser pelo fato de que agora não há nem a tentativa de disfarçar a correria com um pano-de-fundo da relação entre pai e filho e a ação se passa numa outra instituição.
O cenário agora não é apenas um museu, mas o Smithsonian, o maior complexo de museus do mundo. A desculpa para o filme é boa, mas o resultado é fraco. Seguindo os moldes do original, figuras do museu ganham vida e assumem a personalidade e o passado daqueles que representam, sejam personagens históricos - como presidentes dos EUA, faraós, imperadores - ou animais - como macacos ou dinossauros.
Ben Stiller, novamente no papel de Ben Stiller, é Larry Daley, um ex-guarda noturno de museu que se tornou um bem sucedido empresário, inventou e vendedor de bugigangas, como uma lanterna que brilha no escuro.
A relação problemática com o filho já não existe mais e os dois se dão muito bem - embora o personagem do menino tenha apenas poucos minutos em cena.
A ação de Uma Noite no Museu 2 começa quando o Museu de História Natural de Nova York, onde Larry trabalhava, moderniza-se com a utilização de holografias.
As peças em exposição serão enviadas para o arquivo, no subsolo do Smithsonian, em Washington. O ex-guarda se sente culpado por ter abandonado seus "amigos" - as peças do museu - e de tê-los visitado muito pouco. E agora eles serão esquecidos para sempre.
Quando viaja para o Smithsonian para tentar recuperar as peças, ou melhor, seus amigos, Larry consegue um crachá da segurança que lhe dá acesso aos arquivos. Porém, a noite cai e as criaturas novamente ganham vida. Entre elas está um faraó (Hank Azaria, de Quem Vai Ficar com Polly), que pretende pegar a placa que dá vida aos seres inanimados, despertar o seu exército e governar o mundo - o sonho de todo malfeitor megalomaníaco.
Dirigido novamente por Shawn Levy (A Pantera Cor-de-Rosa), Uma Noite no Museu 2 se vende como uma comédia de ação e aventura, que deve agradar ao público infantil, ou qualquer pessoa que consiga achar graça em Ben Stiller trocando tapas com dois macacos.
Entre os novos personagens, o destaque é a aviadora Amelia Earhart (Amy Adams, de Dúvida). Ela, aliás, é responsável por elevar o nível do filme com um pouco de humor mais verbal e menos pastelão. Também entram em cena, como aliados do faraó, Al Capone (Jon Bernthal), Napoleão Bonaparte (Alain Chabat) e Ivan, o Terrível (Christopher Guest).
Robin Williams é mais uma vez o presidente dos Estados Unidos que fala mais por meio de slogans do que por diálogos mais naturais, e Owen Wilson e o inglês Steve Coogan são as miniaturas de caubói e soldado romano que mantêm uma relação de amor e ódio.
Enquanto a franquia Uma Noite no Museu estiver rendendo, o show deve continuar. Se o segundo filme for tão bem quanto o primeiro, não faltarão museus pelo mundo para serem reanimados. Quem sabe o próximo possa ser o famoso museu de cera de Madame Tussaud, que tem filiais em vários países.
Reuters
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