A data de 1° de junho marca o início de uma série de ações previstas por entidades ambientais de Mato Grosso do Sul em defesa do Pantanal. O debate sobre o plantio de cana-de-açúcar e a instalação de usinas de álcool na região da Bacia do Rio Paraguai reuniu ambientalistas na tarde desta quinta-feira, dia 21, no auditório da OAB.
Entre as propostas levantadas pelo grupo está uma reunião de trabalho no dia 1°, a elaboração de um parecer técnico sobre os impactos da atividade na região, o resumo das atividades já desenvolvidas em cada entidade, e a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa ainda no mês de junho. O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) acompanhou as discussões e propôs que as entidades unam forças e antecipem o debate.
“Diante da tendência do governo em liberar o plantio de cana na região, a sociedade civil organizada precisa ser ouvida”, frisou o deputado, que já pediu, formalmente, por duas vezes informações sobre o zoneamento econômico ecológico do Estado.
Amarildo Cruz classificou as respostas do Executivo como “evasivas”. “Nós entendemos que foi feita apenas uma compilação de dados, que não pode servir de base para se definir os lugares onde se poderá ou não plantar cana”, argumentou.
O governo do Estado já anunciou a conclusão do estudo, e pretende enviar um projeto à Assembleia Legislativa para liberar a região para o setor sucroalcooleiro. Em contraponto à proposta, o grupo definiu estratégias para o fortalecimento de uma campanha em prol do Pantanal que pretende mobilizar a sociedade.
Participaram da reunião: Ibama, Ecoa, Conservação Internacional, Instituto Águas do Brasil, Instituto Brasileiro Pró-Sociedade Saudável, Núcleo de Comunicadores dos Matos, Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), Associação dos Engenheiros Agrônomos do MS e acadêmicos da UFMS.
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