domingo, 22 de março de 2009

Morre ex-Big Brother Jade Goody, inglesa que fez de seu câncer um reality show

da Efe, em Londres



Morreu neste domingo (22), aos 27 anos, a inglesa Jade Goody, que ficou conhecida na versão britânica do programa de televisão Big Brother, em 2002, e que transformou seus últimos meses de vida em um verdadeiro reality show, cujos episódios vendeu para deixar dinheiro para os filhos.

Jade morreu em casa, junto com o marido, com quem se casou recentemente em cerimônia cujas imagens vendeu por mais de 1,1 milhão de euros (R$ 3,2 milhões) à revista "OK!" e à emissora de televisão Living TV, e com seus dois filhos, de quatro e cinco anos, ambos de um casamento anterior.


Em 2008, ela havia sido chamada para uma versão indiana do Big Brother, quando soube que sofria de um câncer cervical que se estendeu rapidamente para o fígado e o intestino, sendo desenganada pelos médicos.

Durante seus últimos dias no hospital Royal Marsden, de Londres, Goody batizou seus dois filhos, para quem deixou o dinheiro ganho com a publicidade de sua doença.

"Minha formosa filha descansa já em paz", comentou sua mãe, Jacqiey Buden, após a divulgação de sua morte.

A lenta agonia de Jade Goody alimentou durante as últimas semanas os tablóides sensacionalistas e até a imprensa séria da Inglaterra, contagiada por esse fenômeno e que parecia não cansar de render fotos da moça careca pela quimioterapia.

Goody, que tratou de aproveitar ao máximo os poucos dias que lhe restavam de vida, segundo ela própria, casou-se em 21 de fevereiro --um mês antes de morrer-- com Jack Tweed, um jovem de 21 anos que se encontrava em liberdade vigiada por agredir um adolescente.

Por intervenção pessoal do Ministério do Interior, o juiz concedeu a ele uma permissão especial para não retornar à casa de sua mãe como todas as noites, em cumprimento de sua condenação, para poder passá-la junto com a noiva.

A união de Goody com Jack Tweed foi celebrada em um hotel de Hatfield Heath, em Hertfordshire, no condado de Essex, com acesso proibido a fotógrafos e repórteres, exceto da revista de fofocas "OK!" e da emissora Living TV.

O casamento foi filmado como parte de um documentário sobre a jovem que, segundo os amigos dela, ajudará a conscientizar outras mulheres sobre a importância de se submeter a testes capazes de diagnosticar seu tipo de câncer.

Goody estipulou que o dinheiro obtido com a cobertura exclusiva de seu casamento e o batismo deles --e dela própria-- se destinasse à educação de seus filhos.

Antes de morrer, Jade Goody disse aos que a rodeavam que desejava que seu funeral fosse uma "celebração de sua vida", como explicou seu relações públicas, Max Clifford.

"Ela quer que seja uma grande festa, porque será seu adeus definitivo a todos", acrescentou Clifford, que a classificou como "a primeira estrela mundial da 'telerrealidade'".

Especial

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