sábado, 1 de junho de 2024

Crítica - ‘Furiosa: Uma saga Mad Max’; espetacular show de stunts


Os europeus chamam cinema de ‘film’. Os estadunidenses, ‘movie’. De movimento. ‘Furiosa: uma saga Mad Max’ é movie. Assim como o capítulo anterior da saga, ‘Fury Road’, o filme é extremamente cinético, sempre em movimento, para lá e para cá, para cima e para baixo, a câmera, os veículos, tudo está sempre se movendo, sem parar. Tanto que, devido à longa duração, 2h30, às vezes, cansa.


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Mas o espetáculo compensa a longa duração (poderia ter menos meia hora, fácil): é um fantástico show de stunts, explosões, saltos, pulos, quedas, cheio de detalhes. Como no filme anterior, o que menos importa são os diálogos. O importante é ver as cenas, os detalhes, os dublês em cenas cada vez mais arriscadas -- ainda que, hoje em dia, se use muito CGI, em comparação com o melhor filme da saga, ‘Mad Max 2’, que era pura adrenalina, sem efeitos de computador. Ufa!

Mas do que se trata? É uma história de origem, uma ‘prequel’ de ‘Mad Max: Estrada da fúria’, que nos conta quem é Furiosa (feita no capítulo anterior, já adulta, por Charlize Theron), a menina que foi sequestrada, viu sua mãe ser morta, e que cresce (quando vira Anya Taylor-Joy) com um desejo de vingança do chefe da gangue que a levou e matou sua progenitora, Dementus (Chris Hemswoth). E pelos fatos mostrados, quem viu todos os filmes da saga nota que este se passa imediatamente após ‘Mad Max 2’ (o melhor de todos).

Ainda que não seja tão satisfatório quanto ‘Fury road’ (um dos melhores filmes dos últimos 20 anos), ‘Furiosa’ é um belo espetáculo para ser desfrutado na telona do cinema. Não espere sair no VOD ou streaming. A experiência nunca será igual. É cinema, movie, imagem em movimento, vertiginoso, sensorial, uma festa para os olhos e para os amantes de cenas espetaculares. Que George Miller consiga fechar essa nova trilogia logo. E que traga Max Rockatansky de volta. Ninguém é mais irado do que o próprio Mad Max.

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