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terça-feira, 24 de abril de 2018
Estado deve ter área de cultivo da laranja ampliada e fábricas de suco
Foto Divulgação
Ocupando a 16ª no ranking de produção e participação de 0,1% no VBP (Valor Bruto da Produção) de todos os produtos agrícolas cultivados em Mato Grosso do Sul, a laranja pode, no prazo de três a cinco anos, reposicionar o Estado nas exportações de suco. O Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja.
Pelo menos três das maiores indústrias de suco de laranja no Brasil – Cutrale, Citrosuco e LDC (Louis Dieyfu Company) – fazem prospecção de áreas em Mato Grosso do Sul para desenvolver a citricultura e, futuramente, instalar fábricas de sucos.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a citricultura é mais um segmento que vai fortalecer a política de diversificação da economia do Estado. “Mato Grosso do Sul é um Estado com uma localização estratégica, com acesso a países do Mercosul e principais centros consumidores do mercado interno.
Além disso, tem uma política de incentivos fiscais juridicamente embasada, que dá segurança aos investidores. A expansão da citricultura e a instalação de fábrica de suco vãoi significar mais investimentos, geração de empregos e oportunidades de renda, promovendo a inclusão da agricultura familiar na cadeia da agroindústria”.
Atualmente a região Sudeste detém quase toda produção brasileira. Os maiores pomares se concentram entre o Norte do Paraná, São Paulo, Triângulo e Sul de Minas Gerais. A fruta é fonte de renda de boa parte dos pequenos produtores rurais do interior paulista e Triângulo Mineiro.
Do ponto de vista agronômico, no entanto, são áreas que não oferecem mais condições para aumento da produtividade, em razão da temperatura e a insolação, por exemplo. As frutas precisam de equilíbrio entre temperatura e exposição ao sol. Segundo técnicos do setor, o clima de Mato Grosso do Sul é ideal, para a citricultura.
Hoje as principais áreas situam-se na região Leste, mas nos quatro cantos do Estado cultiva-se laranja por agricultores familiares.
De acordo com a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), de 2011 a 2015, a área de laranja aumentou de 15 hectares para 215. Devido a pequena participação no setor, no entanto, não houve grande aumento na produtividade, que no período de cinco anos evoluiu de 11.012 toneladas para 12.841.
O VBP da cultura, há três anos, era de R$ 7.604. O abacaxi alcançou no mesmo período, VBP de R$ 8.910. A soja, que detém 50,1% do valor da produção agrícola, chegou a R$ 6,5 milhões em 2015.
Mato Grosso do Sul não tem tradição na produção de frutas, mas nos últimos três anos passou a adotar uma política de diversificação da base econômica que tem estimulado a instalação de grandes, médias e pequenas indústrias de alimentos, incentivando o plantio de culturas temporárias. O Estado tem 29 culturas permanentes e temporárias.
Hoje a soja, o milho e a cana de açúcar respondem por 94,9% do Valor Bruto da Produção no total das 29 culturas permanentes e temporárias do setor agrícola. O plantio de cítricos no Estado ficou muito tempo retraído em razão das barreiras sanitárias na divisa de Mato Grosso do Sul em São Paulo, o maior produtor de laranja destinada à indústria de sucos.
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