quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Produção e vendas de químicos melhoram

 

                                                             inpEV

Apesar do desempenho positivo em setembro, os resultados negativos de julho e agosto persistiram

Por:  -Leonardo Gottems


Em setembro de 2023, o setor de produtos químicos industriais registrou melhorias em relação ao mês anterior, com aumentos significativos no índice de produção (11,65%), consumo aparente nacional (18,1%), importações (20,4%) e vendas internas (0,65%), segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). No entanto, em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve uma desaceleração evidente, com quedas de 3,12% na produção e 4,42% nas vendas internas. Apesar disso, a demanda interna cresceu 11,6%, e as importações aumentaram 20,4%, revelando uma dinâmica variada no mercado de produtos químicos industriais.



Em setembro de 2023, o setor de produtos químicos industriais registrou um indicador de utilização da capacidade instalada de 65%, um ponto percentual abaixo do mesmo mês do ano anterior. Os preços nominais, medidos pelo IGP (Abiquim-FIPE), aumentaram 2,99% em relação ao mês anterior, interrompendo cinco meses consecutivos de deflação. No entanto, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços nominais apresentaram uma queda significativa de 29,09%.


Apesar do desempenho positivo em setembro, os resultados negativos de julho e agosto persistiram, resultando em médias trimestrais do 3º trimestre de 2023 em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior: -12,19% no índice de produção, -8,0% no índice de vendas internas e -3,2% no consumo aparente nacional (CAN). Por outro lado, as importações dos produtos amostrados no RAC aumentaram 2,2% entre julho e setembro em relação ao mesmo período de 2022.


A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, destaca a notável mudança na curva de participação das importações sobre a demanda no setor. Após recuar de 48% no 3º trimestre de 2022 para 42% no 1º trimestre de 2023, essa participação aumentou para 45% no 2º trimestre e atingiu expressivos 50% no 3º trimestre de 2023, estabelecendo um recorde para essa comparação.


 “Vale acrescentar que o setor se ressentiu com os efeitos do apagão de energia elétrica, ocorrido no dia 15 de agosto de 2023, que atingiu quase todos os estados do país, com impacto nos diferentes grupos de produtos químicos, e que está preocupado com os apagões mais recentes, ainda não refletidos nos resultados, e que estão ocorrendo em razão do forte aumento da demanda de energia no sistema, por conta das temperaturas recordes”, completa Coviello.

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