quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Deputado Geraldo Resende decide afastar assessor alvo de operação da GAECO

 

                                             Divulgação Redes Sociais


O deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) tomou a decisão de afastar o assessor Thiago Haruo Mishima um dos alvos da operação da Gaeco, deflagrada na manhã desta quarta-feira (29), em Mato Grosso do Sul.


Para o Correio do Estado, Geraldo informou que está em Brasília cumprindo o mandato e acompanhando a operação pela imprensa. Um dos alvos da operação é o assessor do parlamentar, Thiago Haruo Mishima.


Resende confirmou que o assessor está preso e informou que o contratou em torno 50 a 60 dias. Como não tem conhecimento do inquérito, informou que não irá se manifestar. No entanto, sobre o assessor tomou a decisão pelo afastamento.


"Preciso tomar decisão, vou pedir para ele se afastar. Vou ver se tem essa figura aqui na Câmara e vou pedir para ele se afastar do gabinete enquanto é investigado", explicou Geraldo e completou:



"Preciso conhecer o processo de investigação, nesse intervalo de tempo vou afastar o servidor do hall de assessores. Eu oportunizei a ele um espaço já que ele se encontrava a pouco tempo sem atividade e pelo conhecimento que ele tem em Campo Grande, eu o convidei há poucos dias para o meu gabinete".


"Parece que foi detido"

Ao ser questionado se teve algum contato com o assessor, o deputado informou que "parece que ele foi detido" e soube que Mishima está contando com suporte de advogado pela imprensa.


Alvo da Operação

Thiago Haruo Mishima, ocupou cargos de alto escalão no governo desde 2015, do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Atuou na Casa Civil, como assessor da Secretaria de Estado de Saúde (SES), onde atuou entre 2019 a 2021, com salário de R$ 21.585,73. Já como assessor de Geraldo Resende, recebia R$ 10.210,08.


Pelo menos sete pessoas foram detidas na manhã desta quarta-feria (29)  em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para desmantelar um suposto esquema de corrupção em contratos firmados pelas secretarias estaduais de Justiça e Segurança Pública, Educação e Saúde do Governo do Estado. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais.


Afastamentos

Após a Operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada hoje (29), contra servidores do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel decidiu afastar o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro e o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Brito.


O Gaeco prendeu sete pessoas e cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul, pelo crime de corrupção em licitações públicas fraudulentas, estimada em R$ 70 milhões para compra de ar-condicionado e produtos hospitalares.


Conforme a investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), a organização criminosa atuava fraudando licitações públicas de locação de equipamentos médicos hospitalares, a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros.


Do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, foram presos o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro, a responsável pelas licitações na Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS).



Da Apae foi preso Paulo Henrique Muleta Andrade, do setor de licitações da Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS), a pregoeira Simone de Oliveira Ramires Castro, bem como os servidores públicos Thiago Haruo Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Victor Leite de Andrade e Sergio Duarte Coutinho Júnior.


Um oitavo alvo da operação não foi encontrado pela operação. Já o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Britto.


Confira a nota do governo:


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que os servidores sob investigação, no âmbito da operação do Gaeco/Gecoc, realizada na manhã de hoje, quarta-feira (29), resultante de inquérito sobre contratos firmados em anos anteriores, serão imediatamente afastados de suas funções.


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que a medida visa garantir total transparência sobre contratos e procedimentos adotados pela gestão pública.


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul esclarece ainda que a operação não se estendeu a órgãos do Governo do Estado e que a Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral acompanharão as novas etapas da investigação.


Sobre a Operação Turn Off


A operação do Gaeco foi batizada de Turn Off, voltada ao cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.


A investigação, segundo o Gaeco, constatou a "existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações de contratos públicos e lavagem de dinheiro".


** Colaborou Suelen Morales

LAURA BRASIL Com o Portal Correio do Estado

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