terça-feira, 25 de julho de 2023

CCZ confirma sexto caso de raiva em morcego neste ano em Campo Grande

 


Após confirmar mais um caso de raiva em morcegos em Campo Grande, equipes da CCZ (Coordenadoria de Controle de Zoonoses) iniciaram, nesta segunda-feira (24), ação de bloqueio contra a doença na região do bairro Amambaí, onde o animal foi encontrado.


O caso é o sexto confirmado neste ano, número que triplicou em relação ao registrado em todo o ano passado, período em que dois animais positivaram para a doença.


A maneira mais eficaz de evitar e controlar a raiva é a partir da vacinação, oferecida para cães e gatos de no mínimo três meses de idade e saudáveis.


“A vacinação é a única forma de proteção contra a doença. Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos”, destacou a coordenadora da CCZ, médica veterinária Cláudia Macedo.



No início de julho, as equipes da CCZ deram início à Campanha Anual de Vacinação Antirrábica, com meta de imunizar 80% da população estimada em 287.768 cães e gatos. Com início pelo bairro Nova Lima e agora com esse reforço na região do bairro Amambaí, a ação deve percorrer as sete regiões urbanas e distritos do município.


Caso o tutor não esteja em casa quando as equipes forem ao local, é possível vacinar os pets no próprio CCZ, localizado na Avenida Filinto Muller, 1601, no Vila Ipiranga. O órgão funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados).


Apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, a vacina antirrábica é obrigatória em todo território nacional.


“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, afirmou Macedo.


Em Campo Grande, o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus.


A coordenadora ressalta que é imprescindível a colaboração de todos os tutores de cães e gatos, recebendo os agentes do CCZ que estarão executando suas atividades desta forma também cuidando da saúde da população humana.


Os servidores estarão uniformizados e portando crachá de identificação funcional. Caso o morador desconfie de alguma atitude suspeita ou queira tirar alguma dúvida sobre a ação o órgão disponibiliza o número (67) 3313-5000.


Doença


A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda levando à morte em quase a totalidade dos infectados sendo de grande relevância para a saúde pública.


O CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município sendo primordial a vacinação de cães e gatos uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.


As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.


Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.


Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.


Serviço


O CCZ está localizado  na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga, e funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados).


ALANIS NETTO

Com informação do Portal Correio do Estado

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