sexta-feira, 24 de maio de 2019

Morre o cenógrafo e figurinista José de Anchieta Costa, aos 71 anos


Jornal do Brasil                   Foto:Divulgação

Cenógrafo e figurinista com longa trajetória no teatro e trabalhos pontuais com óperas, José de Anchieta Costa morreu na tarde desta quinta (23) por complicações decorrentes de diabetes, aos 71 anos.
Ele estava internado desde segunda no hospital Sancta Maggiore de Pinheiros.

O corpo de Costa será velado no Theatro Municipal entre 22h desta quinta e 15h de sexta e depois será levado ao crematório da Vila Alpina.

Pernambucano de Caruaru, Costa veio a São Paulo com sua família quando tinha oito anos. Ele ficou conhecido por sua atuação no teatro do Ornitorrinco, um dos grupos mais populares do teatro brasileiro nos anos 1980 e 1990.

Com a companhia e sob direção de Cacá Rosset, foi criador de cenários e figurinos de espetáculos como "O Doente Imaginário", de Molière, "Sonho de uma Noite de Verão" e "A Comédia dos Erros", ambas de William Shakespeare.

Um dos de seus últimos trabalhos foi para a ópera "O Barbeiro de Sevilha", que teve direção cênica de Cleber Papa e abriu a temporada lírica do Municipal neste ano.

Costa também é autor do livro "Auleum a Quarta Parece" (editora Abooks), em que aborda questões sobre a relação entre cenografia e as artes dramáticas.

"Ele foi grande amigo, grande artista, um mago das cores e texturas no teatro brasileiro", diz a atriz Christiane Tricerri, com quem Costa estava trabalhando em uma produção para o texto "Frida Kahlo - Viva la Vida", sobre a pintora mexicana.

"Tenho certeza de que como Frida diz em nosso texto, nosso Zé de Anchieta também diria: 'Viva la Vida, carajo!'", completa.

Costa deixa sua mulher, Chake Ekizian, com quem era casado havia 45 anos, além de três filhos e quatro netos.

Folhapress

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