sexta-feira, 26 de abril de 2019

O Filme : Vingadores: Ultimato



Cineweb

Pensado para ser um grand finale da longa série de filmes dos Vingadores, este epílogo não tem como não ser um grande reencontro de todos os herois da Marvel, grandes ou pequenos. Aliás, mortos e vivos, com direito a reencontros só permitidos através de viagens no tempo..

Não se trata de dar spoiler e sim de justificar a longa duração (três horas) e as reaparições de herois atingidos por tragédias anteriores, vistas em Vingadores: Guerra Infinita, produzidas pelo poderoso aniquilador de vidas, Thanos (Josh Brolin).

Dirigido pela dupla Anthony e Joe Russo, o filme tem emoções de sobra e façanhas pirotécnicas alimentadas pelo CGI, que é o grande motor das inúmeras tramas que se sobrepõem para, basicamente, salvar o planeta do estrago causado por Thanos - que, como se recorda, de posse das Joias do Universo, apagou metade da vida da Terra. Como reverter esse estrago monumental?

Reversão é a palavra-chave, numa narrativa que toma seu rumo a partir da reaparição de Scott Lang/ Homem-Formiga (Paul Rudd). É seguindo uma ideia dele que o time dos herois sobreviventes, que inclui a Viúva Negra (Scarlett Johansson), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo), o Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth) James Rhodes/Máquina de Combate (Don Cheadle), Nebula (Karen Gillan), Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e, mais à distância, a Capitã Marvel (Brie Larson), se reorganiza e parte para a revanche contra Thanos. A princípio resistente a voltar à ativa e apegado à família, formada pela mulher Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e uma adorável filhinha, Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) não vai ter como ficar de fora - especialmente pelo conhecimento científico que a empreitada toda requer. De quebra, o guaxinim Rocket (voz de Bradley Cooper), dos Guardiões da Galáxia, também dá sua contribuição.

Não tem o menor sentido contar como a empreitada toda se desenvolve, Pode-se apenas dizer que as aventuras se multiplicam, com duplas de herois trabalhando juntos, o que propicia encontros inusitados - como Tony Stark com uma figura muito familiar.

Há uma nítida preocupação em empoderar figuras femininas - e uma sequência na imensa batalha final, em particular, enfatiza este aspecto fundamental do espírito moderno. Por mais emocionante que seja, e é, seria melhor se tivesse sido elaborada mais organicamente no roteiro, como foi o caso dos acertos familiares das irmãs Nebula e Gamora (Zoe Saldana).

Sendo o epílogo da série de filmes dos Vingadores, este aqui sinaliza também o fim da linha para alguns personagens - um deles, em particular, deve provocar grande comoção. Será que é definitivo? Nunca se sabe, com estas viagens no tempo, capazes de mudar o rumo da História, pelo menos no mundo da ficção. A conferir.

Neusa Barbosa

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