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quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Prefeitura precisará de mais dois anos para equilibrar finanças
Foto:Divulgação
A Prefeitura de Campo Grande precisará de pelo menos mais dois anos para equilibrar as contas do município.
Estimativas apresentadas ontem pelo secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, em audiência pública realizada para debater a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018, apontam que apenas em 2020 será possível fazer investimentos relacionados a melhorias de serviços e inovações.
Para o ano que vem, a LOA estima receita e fixa despesa em R$ 3.702.307.000, representando um aumento de 3,13% em relação a 2017. “É um orçamento realista. Um orçamento pé no chão, que mostrará o princípio da verdade e da responsabilidade para Campo Grande”.
Conforme o secretário, diversas dívidas herdadas da gestão anterior ainda não foram saldadas pelo município e terão de aguardar a arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Balanço apresentado demonstrou aumento de outras despesas correntes líquidas de R$ 104.205.146, equivalente a 8%, em relação ao ano passado. Além de aumento no gasto com juros e encargos da dívida.
Entre as principais despesas do município está a folha de pagamento. Excluindo o poder legislativo, o relatório de 2º quadrimestre de 2017 apontou porcentual de 51,90% da receita corrente líquida, ficando acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A estimativa é de que o gastos com os mais de 23 mil servidores municipais cheguem a R$ 1.712.591.000 no ano que vem.
O orçamento também apresentou redução de R$ 26.266.746 no investimento em relação a 2017. Conforme o secretário, serão aplicados R$ 509.770.000 em 2018.
“A gente precisa observar que o que estava previsto no ano passado não foi realizado justamente por conta da contenção do ajuste fiscal e das restrições que nós encontramos. Então, ainda que o orçado seja menor do que o ano de 2017, o valor executado será muito maior do que em 2017”.
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