Reuters
O Bradesco teve lucro levemente acima do previsto pelo mercado no terceiro trimestre, uma vez que maiores receitas com juros e tarifas conseguiram compensar o aumento das despesas para calotes, que cresceram, refletindo a economia em recessão.
O segundo maior banco privado do país em ativos informou nesta quinta-feira que seu lucro líquido subiu 6,3 por cento ante igual etapa de 2014, a 4,12 bilhões de reais.
Excluindo efeitos extraordinários, o lucro ajustado do banco somou 4,533 bilhões de reais, alta de 14,8 por cento sobre um ano antes. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters era de lucro recorrente de 4,437 bilhões de reais.
Apesar da expansão continuadamente fraca dos financiamentos, no fim de setembro, a carteira de crédito somava 474,488 bilhões de reais, avanço de 6,8 por cento em 12 meses, o Bradesco logrou manter preços maiores nos empréstimos.
Entre os destaques nas linhas de empréstimos, a de operações no exterior para pessoas jurídicas disparou 53,7 por cento em 12 meses, impactada pela alta do dólar. Imobiliário (+26,6 por cento) e consignado (+16 por cento) foram outros destaques.
O banco também viu sua receita com tarifas e serviços, como as de conta corrente e de cartões de crédito, evoluir 13,1 por cento na comparação ano a ano, para 6,38 bilhões de reais.
Por fim, o braço de seguros do conglomerado teve um lucro 24,5 por cento maior no comparativo anual, inflado por maiores receitas com prêmios e receitas financeiras crescentes.
Com isso, o Bradesco conseguiu compensar a alta de 8,5 por cento da provisão para perdas com calotes comparação sequencial e de 15,1 por cento ante o terceiro quarto de 2014, para 3,852 bilhões de reais.
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