Folhapress
O Nepal encontra-se em "estado de guerra", enquanto soma esforços para buscar desaparecidos e para ajudar os sobreviventes do terremoto de sábado (25), declarou o primeiro-ministro do país -para quem o número de mortos pode chegar a 10 mil.
"Em estado de guerra, o governo está fazendo o possível nas buscas e no apoio aos sobreviventes", no que é um "momento difícil" para o Nepal, disse o primeiro-ministro Suhil Koirala nesta terça-feira (28).
O premiê disse, ainda, que o número de mortos pode chegar a 10 mil e que, devido à falta de estrutura e de pessoal qualificado, "pedidos de resgate vindos de todas as partes" não puderam ser atendidos em muitos casos.
Caso o número chegue a 10 mil, seria maior que os 8.500 mortos em um terremoto de 1934, o maior desastre da história do país até o momento.
Pedindo assistência a outros países, Koirala disse que o Nepal precisava de tendas e remédios. Diversas pessoas estão dormindo nas ruas porque suas casas foram destruídas ou podem não suportar as dezenas de tremores que atingiram o país, disse o premiê.
"O governo precisa de tendas e muitos remédios. Pessoas estão dormindo em campos e sob a chuva... existem mais de 7 mil pessoas feridas. O tratamento e reabilitação serão um grande desafio", disse Koirala.
A ONU (Oganização das Nações Unidas) estima que o terremoto de magnitude 7,8 tenha afetado cerca de 8 milhões de nepaleses, o que corresponde a mais de um quarto da população do país.
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