Uma companhia de patentes está processando o Facebook por causa do botão "curtir", que a empresa diz ter sido registrado por um programador holandês em 1998. A Rembrandt, com a viúva de Joannes Jozef Everardus Van Der Meer, pedem que a maior rede social do mundo pague os royalties - sem valor mencionado - pela tecnologia. As informações são do Ars Technica.
O processo alega que o botão que permite gostar de um conteúdo foi criado para o site Surfbook, uma proposta de "diário online" imaginada por Van Der Meer, mas que nunca teria chegado a entrar no ar, porque o programador morreu em 2004 - mesmo ano de lançamento do Facebook. O modelo de negócio baseado na exibição de anúncios também seria descrito na patente holandesa.
A ação descreve Van Der Meer como "pioneiro no desenvolvimento de tecnologias web fáceis para o usuário", e afirma que o Facebook estava ciente de que o programador já havia registrado a tecnologia, pois ela seria descrita no processo em que a própria rede social de Mark Zuckerberg patenteou suas tecnologias.
"De maneira genérica, ele (Van Der Meer) tinha a ideia da possibilidade de publicar e compartilhar informações com um grupo seleto de pessoas, com a habilidade de adicionar outros tipos de informação", explica Tom Melsheimer, advogado da Rembrandt. O holandês criou uma empresa, a Aduna, e registrou o domínio surfbook.com, embora não esteja claro o que foi feito com o endereço.
A noção de "diário online" do programador também incluiria um botão para demonstrar aprovação de um conteúdo, como o "curtir", que no caso do Facebook também permite compartilhar dados de sites externos dentro da rede social.
"A forma como as patentes funcionam, e têm funcionado há 200 anos, define que quando outra pessoa usa (algo registrado) - seja intencionalmente ou sem intenção -, ela deve royalties (ao dono da tecnologia)", defende Melsheimer. "Não é necessariamente uma questão de má intenção ou maldade. O fato de o inventor original não ter sido bem sucedido na comercialização da invenção é, legalmente falando, irrelevante", afirma ao site americano.
"Entendemos que as patentes da Rembrandt representam um importante fundamento das redes sociais como as conhecemos, e esperamos que o juiz e o júri cheguem à mesma conclusão baseados nas evidências", conclui o advogado.
O Facebook afirmou que não se manifesta sobre ações em andamento.
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