Espaço da Poesia homenegea Campo Grande na sexta

O Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), realiza no dia 26 de agosto o Espaço da Poesia, com homenagens aos 112 anos da Capital sul-mato-grossense.

"O Espaço", promovido pela Gerência de Patrimônio Histórico da FCMS, acontece sempre na última sexta-feira do mês, no terraço do Memorial da Cultura, às 18h30. O evento, que é gratuito, já está em seu quinto ano, com mais de 30 apresentações.

Para essa edição, a FCMS montou uma programação festiva. O professor de Geografia Humana na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e escritor do livro “Nas Ruas da Cidade: Um Estudo Geográfico sobre as Ruas e Calçadas de Campo Grande”, Antonio Firmino de Oliveira Neto, vai fazer apresentações alusivas ao Dia do Patrimônio que é comemorado no dia 19 de agosto.

A União Brasileira dos Escritores (UBE), parceira do evento, fará intervenções poéticas com os escritores Rejane Jardim e Elias Borges.

Ainda na parte literária, A Fundação vai fazer o lançamento do “Guia do Acervo Regional da Biblioteca Isaías Paim”. Este guia possui as referências bibliográficas de escritores de Mato Grosso do Sul com cerca de dois mil títulos - um significativo acervo para os interessados pesquisarem autores e temáticas relacionados à nossa cultura. Esses títulos encontram-se no “Acervo Regional MS/MT” da Biblioteca Estadual Dr. Isaías Paim, unidade da FCMS, que fica no Memorial da Cultura e da Cidadania.

A escola da bailarina Nidal Abdul vai representar os imigrantes árabes que muito contribuíram para a expansão territorial de Campo Grande, com danças típicas.

Para fechar a noite, o ilustre campo-grandense Geraldo Espíndola mostra um pouco de sua carreira musical. Geraldo tem a essência artística ligada à sua família - em reuniões familiares na casa de seus avós Humberto e Alzira, nomes herdados por dois de seus irmãos, sempre havia conserto de piano dos tios: Aécio Haroldo e Marcelo (Trigêmeos) que tocavam Bach para três pianos.

Até os 12 anos de idade, Geraldo só queria saber de brincar, “era moleque de rua”, mas em 1967 já num internato, aprendeu a tocar violão com o irmão Sérgio, só para tocar as múusicas de Roberto Carlos. Durante os estudos, no ensino científico foi aluno de Maria da Gloria Sá Rosa, e, com ela, aprendeu a gostar de leitura e de escrever poesias.

Em 1978 compôs metade das composições do LP “Tetê e o Lírio Selvagem”, disco com o qual Geraldo ganhou apenas fama, e, a partir dele, seus sucessos como "Cunhataiporã", "Vida Cigana" e "Rio de Luar" ganharam projeção nacional. Geraldo tem músicas gravadas por artistas de renome com Lecy Brandão, Almir Sater, Tetê, Raça Negra, entre outros intérpretes. A última gravação por um artista renomado, foi feita por Zeca Baleiro, que gravou "Cunhataiporã".