Nem a baixa temperatura atrapalhou os acordes de piano do pianista Miguel Proença que se apresentou na noite de ontem (03/08) no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande, como parte do Projeto Piano Brasil promovido pelo Sesi Nacional e CEEE (Companhia de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul) com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Para a superintendente do Sesi, Maura Gabínio, que participou da apresentação, são poucas as cidades que têm a oportunidade de assistir um espetáculo de música erudita como esse que o Sesi Nacional ofereceu para a Capital em comemoração aos 111 anos da cidade.
"Uma apresentação repleta de domínio técnico e belíssima sonoridade”, disse Maura Gabínio, acrescentando que o evento é importante para difundir a missão da entidade de promover a qualidade de vida do trabalhador da indústria e seus dependentes com foco em educação, saúde e lazer.
“Este evento que trouxe um poeta ao piano, que tambem contribuiu para divulgar a missão do Sesi de maneira maravilhosa”, ressaltou.
O pianista de renome internacional Miguel Proença apresentou quatro peças de Frédéric Chopin em homenagem aos 200 anos de nascimento do compositor polonês.
As músicas eruditas românticas do século XIX foram executadas por mais de uma hora e as interpretações arrebataram o público do começo ao fim do espetáculo.
Aplaudido ininterruptamente, Miguel Proença ainda executou dois números extras, "Fantasia do Hino Nacional", de Jottschalk, e um tango.
“A tournée está excelente e este retorno do público nos incentiva a continuar. O trabalho ainda está no início, ainda falta a maioria das 19 cidades, daqui vamos para Maringá e Curitiba e em setembro retomamos em Natal e Belém”, disse Miguel Proença, cuja performance encantou a estudante Nathalie Bezerra, que por cinco anos estudou piano e pretende retomar em breve as aulas.
Pela primeira vez ela participou de um concerto do artista que já conhecia pela crítica. “Eu nunca tinha assistido um concerto do Miguel Proença, mas já conhecia seu trabalho e estava ansiosa pelo concerto de hoje”, disse emocionada.
A protética Valéria Guerra Shiota, que é pianista profissional e foi com dos dois filhos assistir ao espetáculo pela segunda vez, ressaltou a maneira acessível como o Sesi colocou a música clássica tão pouco ouvida hoje em dia. “Aqui em Campo Grande raramente acontecem eventos do gênero e a forma acessível como foi oferecido o espetáculo contribuiu para que muitas pessoas pudessem assistir, gente que dificilmente teria acesso se não fosse por iniciativas assim.
O Sistema Indústria está de parabéns”, afirmou, acrescentando que admira o talento do pianista e que às vezes a pedido do esposo executa algumas peças em casa.
O filho dela, Paulo Guilherme Shiota, que é agente de pesquisa e mapeamento e toca piano como hobby, ressaltou que, mesmo conhecendo a performance do pianista, a apresentação é sempre surpreendente. “É sempre uma bela apresentação que encanta pelo talento que ele tem”, disse.
Assistindo um espetáculo pela primeira vez, Edna Carvalho e a filha de 13 anos estavam entusiasmadas pela forma como Miguel Proença conduziu o espetáculo. “Quem nunca assistiu uma apresentação pode achar que é monótono mas foi muito empolgante, eu nem vi o tempo passar e hoje posso dizer que conheço as músicas de Chopin e assisti a um espetáculo de um pianista brasileiro de renome mundial”, disse animada.
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