Próximo ao vencimento da data base, a Prefeitura de Campo Grande se esquiva dos servidores municipais e não negocia reajuste salarial.
O Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande (Sisem), insatisfeito com a situação, já possui um plano de ação para pressionar a Prefeitura e garantir o reajuste.
Ao Correio do Estado, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, explicou que os servidores municipais pedem à Prefeitura a reposição da inflação dos últimos 12 meses, e mais um ganho real de 1% a 5%. Também estão em pauta na negociação os extras recebidos pelos servidores.
Segundo Tabosa, há mais de um mês um ofício foi enviado à Prefeitura, mas, até o momento, o Executivo não se dedicou a conversar com os servidores a fim de negociar os pedidos.
“Nós queremos negociar, o sindicato quer negociar, o sindicato quer construir. Mas do outro lado tem que ter interesse. O mecanismo que nós temos é o mecanismo de luta”, afirmou.
O Sisem já possui um cronograma de ações para tentar uma resposta do Executivo: no dia 26 de abril os servidores municipais vão promover uma parada de advertência. Caso a Prefeitura não tome nenhuma medida para atender a classe, no dia 5 de maio acontece uma assembleia para discutir a greve.
“Vamos todos fazer a parada de advertência, uma grande manifestação, saindo da Praça do Rádio Clube. No dia cinco de maio está marcada a assembleia de greve, caso até lá o executivo não dê uma proposta para o sindicato”, explicou.
Segundo Tabosa, o Sindicato está usando os mecanismos que pode para garantir seus direitos.
“A gente está dando os prazos que a justiça determina. Nós estamos aguardando, mandando ofício. Não temos resposta, então vamos para essa paralisação de advertência. A gente quer avançar sem usar greve, né? Mas o executivo parece que não entende outro tipo de linguagem se não o enfrentamento”, declarou.
Procurada pela equipe de reportagem, a Prefeitura de Campo Grande respondeu apenas que está em tratativas com o sindicato.
O Município tem alegado, à Justiça, que não pode oferecer reajuste salarial aos servidores, porque está acima do limite prudencial de gasto, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O limite estabelecido por Lei é de 51,3% de gasto com pessoal, e a marca de 60% leva à cassação do mandato. No momento, a Prefeitura já ultrapassou 57%.
Com informação do portal Correio do Estado
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