Dois homens chamaram a polícia nesta segunda-feira, dia 27 de dezembro, em frente ao cartório do 9º ofício, no Bairro Amambaí, em Campo Grande, depois de perceberem que caíram em um golpe durante a negociação de um carro. O comprador fez um pix de R$ 9,8 mil para a conta indicada por um golpista.
O vendedor do veículo Ford/Ka, ano 2009, esperava que o dinheiro fosse repassado a ele em alguns minutos, mas quando os dois foram bloqueados no Whatsapp pela pessoa que intermediou a venda, perceberam que se tratava de um golpe.
Depois de fazer a transferência do veículo no cartório, o vendedor, um homem de 32 anos, se recusou a entregar o carro e rasgou o recibo, porque não recebeu nenhuma quantia. Segundo o site Campo Grande News, a polícia foi chamada porque os dois não entraram em acordo e começaram a brigar. Então, eles foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, onde o caso foi registrado como estelionato.
O homem de 40 anos, que estava interessado no carro e fez o pix para a conta de um terceiro foi registrado como vítima no boletim de ocorrência, enquanto o proprietário do carro ficou classificado como testemunha.
Entenda
O golpe começou quando um homem que se identificou como João Miguel entrou em contato com o vendedor do carro que havia feito o anúncio no marketplace do Facebook e também com a segunda vítima, interessada em comprar o veículo. Todos os contatos começaram pela rede social.
O golpista disse ao vendedor que o carro seria vendido a outro homem e pediu que, ao ser procurado por esse interessado, dissesse que era cunhado do golpista, o tal de João Miguel, que nenhuma das duas vítimas viu pessoalmente.
O vendedor contou à polícia que o homem que se identificou como João disse que receberia o dinheiro do comprador e transferiria para ele o valor via pix. O vendedor concordou com as condições oferecidas por João, o golpista.
Os dois foram até o cartório e fizeram tudo conforme orientado pelo golpista. Somente depois que o dinheiro não caiu na conta do vendedor do carro, ele revelou que havia mentido que era cunhado de João a pedido do golpista.
O golpe não é novo, pois na internet especialistas em Direito explicam passo a passo como as vítimas são enganadas. Geralmente, o comprador acredita que é seguro fazer o pix para um terceiro porque é induzido a acreditar que o vendedor do carro tem uma dívida com o golpista.
Quem dá o golpe inventa várias versões para confundir quem quer comprar e o vendedor do carro. Se não há um acordo para dividir o prejuízo, o que resta às vítimas é procurar a polícia para registrar boletim de ocorrência e levar o caso à Justiça.
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