Os drones são realidade nas lavouras brasileiras e têm sido uma ferramenta promissora para uso de pulverização. Os resultados de pesquisas com defensivos agrícolas mostram dados promissores quanto ao uso em área total, principalmente nas culturas de soja e milho, em substituição à aplicação em aérea convencional, com menor potencial de deriva e maior versatilidade no trabalho. Ou seja, as informações apontam aspectos de qualidade e segurança nas aplicações dos defensivos agrícolas, através do uso de drones.
De acordo com o engenheiro agrônomo, professor e pesquisador, Ulisses Antuniassi, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp / Botucatu-SP), os setores florestal e de cana de açúcar são aqueles que mais utilizam a técnica de sistemas de injeção de defensivos em pulverizadores, nas regiões Sul e Sudeste do país. “É uma questão de tempo para que esse método de utilizar os drones para a pulverização se firme também em Mato Grosso. Essas tecnologias vieram para ficar e já são realidade em muitos segmentos do agronegócio”, defende.
Segundo o pesquisador, para garantir o potencial produtivo da lavoura, quanto ao uso e interpretação das imagens captadas pelos drones, o produtor e a equipe de trabalho devem se atentar, antes de qualquer decisão, às análises, mas que devem ser feitas de forma minuciosa e com preparo especializado.
“A análise de imagens é uma ferramenta que depende de métodos robustos de análise estatística, geoestatística e de modelagem matemática. Observações simples sobre erros de semeadura, falhas, fitotoxicidade e manchas na lavoura (plantas daninhas, pragas e doenças) podem ser obtidas por imagens convencionais. Porém, análises mais profundas, que possibilitem estimativa de produtividade, dependem de imagens elaboradas e diferentes ferramentas do sensoriamento remoto”, explica Ulisses Antuniassi, um dos principais estudiosos de tecnologias de aplicação no Brasil e estará na sétima live do Circuito Master Meeting Soja realizado pela Proteplan.
Sobre os desafios das aplicações com aeronaves agrícolas e drones, os resultados mostram que há um pouco de deriva a qual precisa ser considerada. Assim como, em alguns casos, existe problemas de uniformidade de deposição. “A deriva precisa ser entendida e controlada para que possamos fazer o uso correto e seguro dessas tecnologias. Para isso, devemos implementar todos os conceitos de boas práticas nas aplicações”, recomenda Antuniassi.
O tamanho da gota do pulverizador, a taxa de aplicação, as condições meteorológicas, a indicação e recomendação do uso do produto descritas nas bulas são alguns dos fatores que devem ser considerados para as tomadas de decisões para uso de defensivos agrícolas. São itens que vão interferir no resultado final, independente se a aplicação for terrestre ou área. “É sabido que na agricultura todo o sistema interfere, então é preciso ajustes para que se consiga as respostas esperadas das técnicas e dos produtos, bem como a redução de perdas na lavoura e diminuição no impacto ambiental”, finaliza o pesquisador.
* informações assessoria de imprensa
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