quarta-feira, 28 de abril de 2021

Estado precisa de 94 mil doses de Coronavac para 2ª aplicação

 


A segunda dose da vacinação contra a Covid-19 deve atrasar para 94,7 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. Esse é o quantitativo de pessoas que deveria tomar a segunda aplicação do imunizante até o dia 1° de maio. 


De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até ontem, 58,9 mil sul-mato-grossenses aguardavam mais de 28 dias para aplicação da segunda dose.


Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), do total de pessoas com a segunda dose em atraso, 19.416 são de Campo Grande, que teve a suspensão das aplicações para pessoas que têm agendamento a partir do dia 21 de abril por causa da falta de imunizantes em estoque. 


Além dessas pessoas, outras 4.342 não procuraram pela vacina desde fevereiro, quando foram aplicadas as primeiras doses de reforço.


A SES informou ao Correio do Estado que são necessárias 94,7 mil doses a mais de Coronavac para conseguir aplicar a segunda dose de todos até o início do próximo mês. 


Além disso, os municípios possuem estoque geral de 37.997 doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan para a última aplicação.


“Está vencendo o prazo e não está vindo vacina, e não é só Mato Grosso do Sul que está nesta situação, mas todo o País", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.


"A cada dia ficamos com agonia, à espera de vacina. Temos capacidade de aplicação, de distribuição e de armazenagem. Somos um dos estados que mais vacina no País, mas não temos vacina”, completou.


De acordo com a infectologista Ana Lucia Lyrio, pesquisadora responsável pelo teste da Coronavac em Campo Grande, ainda não há estudos que comprovem se o atraso da segunda dose por mais de 28 dias compromete a resposta imunológica da vacina contra a Covid-19.


Lyrio destaca que, mesmo com o atraso da imunização adequada, não há riscos à saúde da população, e isso não diminui a eficácia da vacina. “Então não se sabe se altera a resposta. Em outras vacinas não prejudica, mas apenas atrasa a proteção adequada”.


COMPRA DE VACINA

A partir da 8ª remessa dos imunizantes, que chegaram no dia 18 de março, a SES orienta que os municípios utilizem a reserva da segunda dose para aplicação da primeira, segundo orientação do Ministério da Saúde. 


A determinação ocorreu por conta da previsão de envio regular de novas remessas.


Com a redução da produção da vacina Coronavac, que ocasionou na redução das remessas, estados buscaram outros imunizantes para compra, como a vacina Sputnik V.


Na segunda-feira, porém, integrantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram para analisar o pedido de importação da vacina, feito pelo Maranhão e referendado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.



Entretanto, por unanimidade, os diretores da Agência negaram o pedido.


“Após a definição da Anvisa, vamos ter de fazer outros caminhos com o Consórcio Brasil Central, em que possamos adquirir uma vacina, porque temos uma grande demanda hoje. Vamos fazer uma varredura para encontrar imunizantes que possam ser comprados”, relata Resende.


O secretário destaca que o Estado não comprará vacinas que não tenham a aprovação da Anvisa, mesmo que já sejam utilizadas em outros países. 


“Não vamos mais alimentar a expectativa das pessoas, como no caso da Sputnik V, que não obteve o registro provisório ainda. Não entendemos por que a Sputnik não foi aprovada, se ela já é aplicada em vários países, alguns da América do Sul, como Argentina e Paraguai”, conclui.


Com informação do Portal Correio do Estado

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