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quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Morre aos 68 anos o músico Maurício de Barros Almeida
Depois de dois dias do seu aniversário, quando completou 68 anos, Maurício “Lampião” Barros Almeida morreu em sua chácara, a “Sagarana”, na região conhecida como Chácara dos Poderes, em Campo Grande. Mato Grosso do Sul perde um de seus representantes mais ilustres e que melhor soube “brigar” por suas belezas, em especial o Pantanal, seja em sua arte musical ou em longas conversas com os amigos. Maurício Barros começou a ser conhecido no meio musical a partir de sua primeira dupla musical com o músico Almir Sater, onde era o “ Lampião”, da dupla Lupe e Lampião, que em 1978 , conquistou o quarto lugar no Festival Sertanejo na TV Record.
O apelido “Lampião” surgiu em 1971, quando cursava o cursinho pré-vestibular no do Rio de Janeiro,cidade onde nasceu. Quem o conheceu nessa época afirma que o motivo foi que usava muito uma bota americana de bico fino e um par de óculos de aro redondo que, para ele, era parecido com o de John Lennon e aos olhos dos companheiros de sala, semelhante ao de Virgulino Lampião.
Cinco anos depois, o apelido foi usado na formação da dupla “Lupe e Lampião”, com o amigo Almir Sater. Também aparece no CD “No Foco do Lampião, gravado em uma leitura toda particular das obras de autores consagrados da música popular de Mato Grosso do Sul, incluindo composições antigas de Paulo Simões e Geraldo Espíndola. O disco traz quatro vinhetas que são vocalizações de aves que povoam o pantanal sul-matogrossense, combinadas e mixadas em estúdio Este CD foi gravado, mixado e masterizado no Studio 45, por Anderson Rocha. A direção musical e os arranjos são de Antônio Porto (Paulo Simões e Geraldo Espíndola).
Dentre outros trabalhos, nos anos 80 também integrou o famoso “Expresso Arrasta Pé”, que rodou o Brasil levando alegria e diversão em forma de música. Amante de uma boa história e de musicas antigas que sempre dedilhava ao seu inseparável violão e também do seu chapéu, Maurício era muito querido por seus muitos amigos e sempre nos presenteava com sua calma, sua luz.
Mas também gostava de uma boa discussão, principalmente quando o assunto era seu time do coração, o Flamengo.
Nos últimos anos, seu refugio era a chácara Sagarana, onde junto com sua companheira de quase 40 anos, a não menos amada, Batatinha Souza Almeida, administrava um empreendimento na área da alimentação, no intervalo das idas e vindas ao Pantanal, na Fazenda Carandá.
Mato Grosso do Sul e o Brasil perdem um artista sensível e talentoso, um ser de luz e uma pessoa serena e cheia de esperança de que dia melhores virão. Para a esposa Batatinha e para seus filhos Ulisses Neto (o majorzinho, de 39 anos) e José Guilherme (o Ze´Gui) de 37 anos, a dor é maior, perdem um marido e um pai carinhoso e presente.
Aos amigos cabe a tristeza com a ausência de alguém muito carinhoso e sempre pronto a uma palavra de carinho.
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