NAIANE MESQUITA Foto:arquivo
Quando a escola Mace foi inaugurada em Campo Grande, além da fachada diferente, sua fundação mostrava o desenvolvimento da capital sul-mato-grossense.
Para o escritor Paulo Eduardo Cabral, entre os anos 1970 e 1980, Campo Grande teve um aumento populacional considerável, o que favoreceu o aparecimento de novas unidades escolares.
Responsável por escrever a obra “Mace 50 Anos”, o sociólogo e escritor defende que para compreender a história da instituição é preciso se ater às mudanças sociais da época. “Eu escrevi o livro a partir de documentos e alguns depoimentos, resgatando a história da escola que fez 50 anos e da educação brasileira na época”, ressalta Cabral.
Entre os recortes de notícias daquele período, uma publicação do Correio do Estado, de março de 1974, mostra a sede atual da escola em construção, além de outras informações. “A escola teve um crescimento extraordinário. Minha pesquisa para descobrir esse fenômeno me levou à história dos fundadores e ao próprio crescimento da cidade”, ressalta o escritor.
Fundação
A escola foi fundada pelos professores Plínio Mendes dos Santos e Terezinha de Jesus dos Santos, então professores recém-desligados de outra escola tradicional da cidade, a Oswaldo Cruz. “A escola cresceu devido ao capital simbólico. Tanto Plínio quanto Terezinha são bons professores de matemática e trabalhavam no Colégio Oswaldo Cruz. Juntos, eles decidiram criar uma escola moderna, em que o aluno fosse o centro de tudo isso. Para a época, era uma coisa relativamente nova”, explica.
Apesar da possível abertura aos alunos, a escola ainda investia na disciplina como ponto importante para a educação.
“A escola foi feita nos moldes modernos, mas com a questão da disciplina bem marcante. Tanto que a primeira propaganda da instituição foi dois estudantes em posição de sentido. Porque, apesar de não ter uma base religiosa, a escola primava pela disciplina”, esclarece.
Após dois anos de funcionamento, a Mace também recebeu um novo sócio, o também educador e ex-senador Pedro Chaves.
Apesar do resgate histórico, o livro não traz muitas histórias curiosas sobre a escola. “É mais sobre o desenvolvimento da instituição mesmo”, esclarece Cabral.
Serviço – O livro “Mace 50 Anos” será lançado no dia 28 de novembro, às 19h30min, no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHGMS), no auditório Acyr Vaz Guimarães, que está localizado na Avenida Calógeras, 3.000. A entrada é gratuita.
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