Por: CEPEA/ESALQ Nicoli Dichoff
Os preços do bezerro, do boi gordo e da carne seguiram em alta na maior parte de outubro, impulsionados pela baixa oferta e também pela demanda aquecida, segundo indicam pesquisadores do Cepea. No caso do bezerro (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, Mato Grosso do Sul), no acumulado parcial deste mês (de 30 de setembro a 30 de outubro), a alta é de 1,27%, fechando a R$ 1.386,93 nessa quarta-feira, 30.
A média mensal, de R$ 1.356,07, supera em 1,4% a de setembro e em 11,16% a de outubro/18, em termos reais. Para o boi gordo, a elevação no acumulado deste mês é de 3,21%, com o Indicador ESALQ/B3 (São Paulo) fechando a R$ 167,40 nessa quarta – esse é o maior patamar real desde novembro de 2016, quando a média mensal do Indicador foi de R$ 168,23 (valores foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro).
A média de outubro está em R$ 162,92, respectivas elevações de 2,91% e de 6,76% quando comparada às médias de setembro/19 e outubro/18. No caso da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, para a carcaça casada de boi, houve valorização de 6,81% no acumulado parcial deste mês, com o preço à vista fechando a R$ 11,60/kg nessa quarta.
Em outubro, a média está em R$ 11,23/kg, aumento mensal de 4,5% e anual de 11%, também em termos reais. Em termos nominais, ou seja, sem considerar os efeitos da inflação, os patamares observados em outubro para a arroba do boi e para a carne no atacado são os maiores das séries históricas do Cepea, iniciadas respectivamente em 1994 e 2001. No caso do bezerro, os patamares nominais de abril de 2016 superam os atuais.
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