Foto. Reprodução
Dividido entre duas alas distintas, lideranças do MDB costuram a reconciliação entre o ex-governador André Puccinelli e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) visando uma aliança nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul.
Esse entendimento foi confirmado pelo governador em conversa com aliados durante a visita que fez semana passada a cidade de Jateí, onde se reuniu com prefeitos e lideranças municipais da região da Grande Dourados.
Publicamente, o ex-governador nega a tentativa da estratégia em torno da composição de uma chapa que tem DNA bastante conhecido no eleitorado sul-mato-grossense.
A ideia é que os dois grupos políticos se reaproximem visando à composição de uma chapa majoritária, encabeçada por Reinaldo Azambuja, para derrotar o que seria o único adversário em potencial, o juiz aposentado Odilon de Oliveira, pré-candidato do PDT ao Parque dos Poderes, líder nas pesquisas de intenções de voto na corrida sucessória estadual, embora com pouca vantagem.
A costura política com os tucanos está sendo conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Júnior Mochi, com o apoio de seus companheiros de bancada.
Um dos que mais defendem a coligação, considerada imbatível pelos dois grupos, é o deputado Eduardo Rocha, que também esteve no encontro liderado por Reinaldo, em Jateí.
Marido da senadora Simone Tebet (MDB), que ao contrário defende a candidatura de André Puccinelli dentro do partido, Eduardo Rocha é um dos aliados de primeira hora do governo tucano dentro da bancada emedebista na Casa.
CANDIDATURA PRÓPRIA
O problema é que no partido há setores radicais contrários a ideia de coligação com os adversários. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e o senador Waldemir Moka defendem a candidatura própria do MDB em Mato Grosso do Sul.
Moka, por exemplo, vê risco em não ser reeleito na eventualidade de André Puccinelli vir a disputar o Senado na chapa tucana.
Apesar da forte oposição nos quadros emedebistas, as conversações em torno da composição ganharam força e continuam com a participação, inclusive, de prefeitos andrezistas que defendem a aliança com o PSDB e que vêem risco de naufrágio na eventualidade de disputa envolvendo o três potenciais pré-candidatos.
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