terça-feira, 14 de novembro de 2017

O dia mundial do diabetes e as mulheres


G1  
         
                   

O Dia Mundial do Diabetes é 14 de novembro e foi criado em 1991 pela International Diabete Federation (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta às preocupações a respeito dos crescentes números de diagnósticos no mundo.

Trata-se de uma campanha que acontece em mais de 160 países, onde há muitas atividades alusivas à data e monumentos são iluminados de azul afim de conscientizar a população da necessidade de prevenção.

Atualmente há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil. Há muitos que nem têm diagnóstico, e isso favorece o aparecimento de complicações futuras para a saúde.

Neste ano de 2017, o tema abordado pela campanha é “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”.

Atualmente há mais de 199 milhões de mulheres que vivem com diabetes e estes números estão em frequente crescimento, sendo importante causa de morte em todo o mundo.

Isso tudo é resultado da falta de diagnóstico precoce, bem como, tratamento e cuidados, particularmente em países em desenvolvimento. A tripla jornada exercida pelas mulheres (casa, filhos e trabalho), associados às desigualdades socioeconômicas, as expõem aos principais fatores de risco de diabetes, incluindo dieta e nutrição precárias e inatividade física.



O que é Diabetes?

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer por defeitos na secreção da insulina, na ação da insulina ou em ambas.

Insulina é um hormônio produzido no pâncreas e a sua principal função é permitir o aproveitamento da glicose (açúcar) contida nos alimentos para que ela possa ser transportada para dentro das células, sendo transformada em energia. A falta ou defeito na ação da insulina pode causar a hiperglicemia, que é o acúmulo de glicose no sangue.



Porque tratar hiperglicemia?

Hiperglicemia é a elevação das taxas de glicose (açúcar) no sangue e ela deve ser controlada, pois, quando elevada cronicamente, pode prejudicar o funcionamento de vários órgãos como os rins, os olhos, os nervos e o coração. Os indivíduos que conseguem manter um bom controle da glicemia têm uma importante redução no risco de desenvolver tais complicações.


Principais tipos de DM



Diabetes Tipo 1 (DM 1)

É caracterizado pela destruição das células beta pancreáticas, que levam a deficiência de insulina e isso pode ser por um processo autoimune ou causa idiopática.

Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. Atinge de 5 a 10 % das pessoas com diabetes.



Diabetes Tipo 2 (DM 2)

É caracterizado por uma deficiência na ação e secreção da insulina, acarretando uma dificuldade de controlar a glicose no sangue dentro de uma faixa de normalidade.

É causado por uma interação de fatores genéticos e ambientais e pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente após os 40 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Atinge cerca de 90 a 95% das pessoas com diabetes.



Diabetes Gestacional

Existe também o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e pode ou não ser transitório. Após o parto as taxas de glicose no sangue voltam ao normal, mas é necessário manter cuidados, uma vez que há maior risco de diagnóstico de DM 2 futuramente.

É importante o engajamento de toda a população nesta campanha, pois o Diabetes Mellitus é uma doença crônica, que avança de forma galopante, mas que pode ser evitada e/ou controlada com a adoção de um estilo de vida saudável, no qual a alimentação tem participação fundamental.

ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA

Evitar o excesso de peso:
- Ingerir alimentos em quantidade e qualidade adequados a cada pessoa individualmente;

Evitar alimentos de alto índice glicêmico:
- Utilizar carboidratos ricos em fibras e que forneçam energia lentamente como raízes e cereais integrais em pequenas quantidades;
- Priorizar os vegetais (verduras e legumes) nas principais refeições;
- Incluir oleaginosas por serem ricas em fibras e antioxidantes;
- Incluir frutas in natura no dia a dia, de forma moderada;

Utilizar alimentos com potencial antiinflamatório:
- Temperos naturais e ervas como, por exemplo, a canela, que contém compostos fenólicos que auxiliam no combate ao diabetes;

- Incluir gengibre, abacate e frutas vermelhas com poder antioxidante e antiinflamatório;
- Gordura monoinsaturada (oleaginosas, azeite de oliva, abacate, etc.) e gordura poliinsaturada (ômega-3/salmão, sardinha, atum, chia, linhaça, etc.);
Retire alimentos inadequados:
- Pães brancos, DOCES em geral, frituras, açúcar e farinhas refinadas;
- Alimentos ultraprocessados;
- Refrigerantes e bebidas alcoólicas.

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