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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Déficit de touros dificulta produtividade na pecuária; meta é produzir 252 mil animais ao ano
Atualmente a demanda nacional de touros é de 300 cabeças por ano. Carregamos a meta de produzir 252 mil em 2013, pois mesmo utilizando todos reprodutores desmamados do rebanho, para a monta, atenderíamos 57% dessa demanda, enquanto que empregando apenas touros de genética superior supriria 30%.
As estimativas foram divulgadas pelo pesquisador do Programa Embrapa Geneplus, Antônio do Nascimento Ferreira Rosa, durante apresentação do Mais Inovação, na Chácara 3R, nesta sexta-feira (2), na cidade de Alcinópolis.
Um touro Nelore, segundo o pesquisador, tem capacidade de cobrir cerca de 40 vacas. Avaliando os números divulgados, o administrador da 3R, Rogério Rosalin, constata que a comercialização de 300 touros por ano, efetivada pela propriedade, não supre nem a demanda da região. “Há uma procura em Mato Grosso do Sul, que tem clamado por qualidade, que só conseguirá superar com uso de inovação, genética, nutrição e manejo. O touro tem papel fundamental nessa cadeia, pois imprime no rebanho boa parte das características positivas, que geram qualidade”, detalha.
Segundo a palestra do pesquisador, é necessário triplicar a produção de touros no Brasil. Em acordo com a informação, a coordenadora de projetos técnicos e gerenciais do Senar/MS, Mariana Urt, acrescenta que o investimento em genética deve estar atrelado a outros. “Assistimos casos de produtores que não possuem a mínima gestão, animais ineficientes, e pastagem também ineficaz. Para esses casos que oferecemos o Mais Inovação, que poderá mudar o cenário de rentabilidade do produtor”, revela a coordenadora do projeto que aplicou renovação em 100% da pastagem da Chácara 3R, em Alcinópolis.
“A tecnologia se aplica a todos setores, sem nenhum espaço para amadorismo hoje. Temos muitas ferramentas à disposição e os próprios produtores, muitas vezes, não acessam ou não possuem a informação de como acessar”, explica o diretor da Fazenda 3R, Marcos Chesi, referindo-se às vantagens do Programa Mais Inovação, com consultoria a baixo custo.
Outra situação discutida, também relacionada ao amadorismo na pecuária, foi destacada pelo administrador da Fazenda 3R e prefeito de Figueirão, Rogério Rosalin. “Alguns, com ganância, prezam pelo volume. Outros optam por diminuir o rebanho e agregar valor, com investimento em genética, o que traz retorno mais concreto. O que não dá, é jogar dinheiro fora, sem gestão eficiente da propriedade”.
Para um público de 80 pessoas, entre produtores rurais e autoridades da região Norte de MS, o Mais Inovação do Senar e Sebrae/MS, apresentou os resultados do consórcio da pastagem e grãos, e detalhou a necessidade de genética para o desenvolvimento da propriedade.
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