sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Bauza diz que São Paulo defende mal e busca reforços na Argentina

folhapress

Edgardo Bauza, 57, novo técnico do São Paulo, já deu indícios de que irá reconstruir o time para 2016 a partir de uma nova proposta de futebol, mais defensiva. Depois de ser apresentado na última quarta-feira no novo clube, o argentino falou com mais clareza sobre os problemas da equipe em entrevista em seu país natal. Além de destacar o que vê como principal ponto fraco, falou também sobre a estratégia traçada para reforçar o elenco.

"O São Paulo defende mal. Esse é um problema. Sofreu 47 gols", falou Bauza em entrevista à rádio argentina La Red. "Em janeiro começa minha etapa no São Paulo. É um clube muito grande, que tem tudo (...) Com trabalho queremos convencê-los para melhorar a defesa. Da metade do campo para frente o time tem muitas variações", disse o treinador.

O São Paulo ainda discute a possibilidade de contratar o ídolo Diego Lugano, aos 35 anos, para retornar em 2016 e se aposentar no clube. Edgardo Bauza disse em sua apresentação que não coloca barreiras para a volta, mas que quer primeiro ter uma "conversa cara a cara" com o uruguaio, para saber realmente o que ele pensa para o próximo ano da carreira. No elenco atual, as opções para a zaga são Rodrigo Caio, Lucão, Breno e Lyanco.

O Patón, como prefere ser chamado o treinador, falou que hoje o São Paulo vive uma "crise futebolística" e que buscará na Argentina opções para reforçar o time. O técnico repete que pede um reforço por linha do campo: um defensor, um meio-campista e um atacante.

"Tentaremos superar a crise futebolística que o São Paulo vive. Esse tipo de desafio me move (...) Até 6 de janeiro estaremos falando com jogadores argentinos que possam nos ajudar (...) O diretor esportivo comentou comigo que eles não têm um grande pressuposto para reforços. Pedi um jogador por linha", disse Bauza.

Bauza afirma que em sua equipe, 11 atacam e 11 defendem, e que é preciso equilibrar o time que no fim de 2015 demonstrou muito desequilíbrio entre ataque e defesa. Ele enfatiza que o jogador que não correr não poderá jogar no time em 2016: "Hoje o jogador que não corre não pode jogar. Essa é a realidade".

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