Correio do Estado
Com grande parte da região do Corixão, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, alagada há aproximadamente 15 dias, produtores rurais de Corumbá temem por mais alagamentos e prejuízos. Na última sexta-feira (21), produtores se reuniram com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, nesta segunda-feira (24), há reunião marcada com o Ministério Público Federal (MPF) para tentar solucionar o caso.
O assoreamento do Rio Taquari, que corta toda a região da Nhecolândia, a principal da pecuária pantaneira, é antigo, teve início nos anos 70. De lá para cá, série de ações tramitam na Justiça e cobram do Governo do Estado e da União uma solução para o fim do assoreamento do Rio Taquari.
Há duas semanas, um curso do rio sofreu “arrombamento” e milhares de litros de água foram espalhados para outras regiões da Nhecolândia. O alagamento prejudica dezenas de produtores e centenas de cabeças de gado, que estão na água.
Na última sexta-feira (21), integrantes do Sindicato Rural de Corumbá fizeram sobrevoo sobre a área alagada e a preocupação aumentou.
Presidente do sindicato, Luciano Leite explica que o temor dos produtores é que se o alagamento continuar e, principalmente, se chover nos próximos dias, a situação atinja 1,5 milhão de hectares.
“Nós dependemos do Imasul e do Ibama para poder trabalhar, o gado tá todo dentro da água. Situação como essa ocorreu nos anos 90, e na época também foi necessária autorização para que os produtores pudessem tomar providências”, disse Leite.
As liberações as quais o presidente do sindicato se refere já foram solicitadas para os órgãos do meio ambiente, mas até agora, os produtores não foram autorizados a fechar os “arrombados” e diminuir o impacto do assoreamento.
Na última sexta-feira, durante reunião com governador e secretário do meio ambiente, nada ficou definido. “Nós vamos nos reunir hoje com o MPF para que alguma atitude possa ser tomada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário