A peça teatral "Diário do Maldito" vem a Campo Grande e traz a vida e a obra de Plínio Marcos - um dos maiores expoentes da dramaturgia nacional, que ficou conhecido como “autor maldito” por abordar a temática da marginalidade do mundo. A realização da peça é do grupo brasiliense Teatro do Concreto, que se apresenta nos dias 15 e 16 de Janeiro (sexta e sábado), às 21h e no dia 17 (domingo), às 20h, no Teatro Glauce Rocha. A classificação do espetáculo é 18 anos e a entrada é gratuita.
Além das apresentações, no dia 14 de janeiro, o grupo faz a leitura dramática de “25 homens” conto do livro Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos, também do dramaturgo. A leitura é indicada para maiores de 14 anos. E no dia 17, às 10h, realiza o lançamento da revista especializa em teatro estrelinhaseConcreto e um bate-papo com os grupos da região.
Para realização da peça, o grupo recebe o apoio do grupo teatral de Campo Grande Flor e Espinho, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, por meio do Teatro Glauce Rocha. E patrocínio da Funarte, através do prêmio Myrian Muniz e do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
o grupo Teatro do Concreto desenvolveu a peça Diário maldito que é o resultado de pesquisas sobre o dramaturgo Plínio Marcos. A partir de entrevistas com pessoas próximas ao autor e um amplo levantamento de material bibliográfico e estudos sobre tarô e arquétipos, foi possível criar uma dramaturgia própria para o espetáculo que incluem citações de textos do dramaturgo.
Na peça o público é recebido num bar onde conhece diversas histórias e personagens que descrevem a trajetória divertida e comovente de um Poeta que sempre dedicou sua obra à denúncia social, mas, que agora, pensa em parar de criar. Inconformados com a situação, seus personagens invadem a cena para cobrá-lo.
A direção do espetáculo é de Francis Wilker e Ivone Oliveira. O elenco conta com os atores Maria Carolina Machado, Alonso Bento, Gleide Firmino, Jhony Gomantos, Micheli Santini e Nei Cirqueira. A sonoplastia é ao vivo e feita por Daniel Pitanga. O grupo estreou em 2006, desde então realizou diversas apresentações por Brasília e por todo Brasil.
No ano de 2009, em comemoração aos 10 anos da morte de Plínio Marcos, o grupo Teatro do Concreto apresentou o espetáculo, representando o centro-oeste, na IV Mostra Latino-americana de Teatro de Grupo, realizada em São Paulo pela Cooperativa Paulista de Teatro. Também no mesmo ano, foram convidados a integrar o projeto do SESC de Santos, A Arte dos Malditos.
O crítico Sérgio Maggio, do Correio Braziliense ressalta a qualidade do espetáculo “Essa força indescritível é capaz de comover espectadores de distintas crenças e uni-los em torno do drama de personagens invisíveis à sociedade.”
A peça também recebeu crítica das revistas ARTEZ da Espanha e Muestra do Peru. No Fantástico o grupo Teatro do Concreto participou do quadro “Me leva Brasil”. E ganhou prêmios no Festival Nacional de Teatro de Macapá – 2008 e no Prêmio SESC do Teatro Candango – 2007.
Leitura dramática e lançamento da revista
O grupo Teatro do Concreto faz no dia 14 de janeiro, às 20h, no Teatro Glauce Rocha, a leitura dramática do conto “25 homens” do livro Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos, também do dramaturgo Plínio Marcos. A classificação indicada é 14 anos. A leitura narra os últimos momentos da vida de 25 homens enclausurados numa cela de presídio e que morrem queimados durante uma rebelião. A obra é inspirada em fato verídico ocorrido em Osasco, SP.
O texto foi publicado em 1977 e chama a atenção para questões importantes, ainda vigentes na sociedade atual, como distribuição de renda, violência, justiça, dignidade humana, fome e saúde.
No último dia em Campo Grande, o grupo lança a revista estrelinhaseConcreto, que nasceu do desejo de sistematizar e compartilhar conhecimento na área teatral e também contribuir para o registro do teatro contemporâneo que vem sendo produzido no Distrito Federal, principalmente a prática de coletivos criadores, forma de produção com a qual o grupo de identifica.
Essa primeira edição é dedicada ao registro dos processos criativos de três espetáculos criados por grupos do Distrito Federal: Bagulhar (Grupo de Teatro Celeiro das Antas), Diário do Maldito (Teatro do Concreto) e Páginas Amarelas (Companhia B). Em busca de diversidade de “olhares”, a revista contém artigos do jornalista Sérgio Maggio e da diretora e pesquisadora de teatro Bárbara Tavares.
Teatro do Concreto
O grupo brasiliense Teatro do Concreto, criado em 2003, se dedica à pesquisa de linguagem e tem como foco a investigação de novas possibilidades de composição da cena teatral, trabalhando sempre na perspectiva do processo colaborativo de criação.
É a primeira apresentação em Campo Grande, o diretor Francis Wilker ressalta a importância do dialogo entre os grupos teatrais do centro-oeste e explica a idéia de propor uma circulação do Teatro do concerto pelo centro-oeste. “É pra fortalecer o teatro de grupo em nossa região, criar redes de colaboração, enfim, às vezes temos mais diálogos com grupos de SP e MG, do que os demais, que estão mais próximos.”
Convite
O grupo Teatro de Concreto se apresenta com o espetáculo Diário Maldito: vida e obra de Plínio Marcos, no Teatro Glauce Rocha, nos dias 15 e 16 de Janeiro (sexta e sábado), ás 21h e no dia 17 (domingo), às 20h. A classificação é 18 anos.
Além das apresentações, o grupo faz a leitura dramática do conto “25 homens”, do livro Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos, no dia 14 de janeiro, às 20h, também no Teatro Glauce Rocha. A indicação é 14 anos.
No dia 17 de janeiro, às 10h, Teatro do concreto faz um bate-papo com os grupos teatrais da região. E lança da revista estrelinhaseConcreto.
As entradas do espetáculo, da leitura dramática e do lançamento da revista são gratuitas.
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