terça-feira, 1 de outubro de 2024

Candidata do PT promete romper contrato com consórcio Guaicurus

 

                                           Deputada Camila Jara (PT-MS) (Foto: )



A deputada federal Camila Jara (PT) pretende implantar o VLT como transporte em Campo Grande 


A candidata do PT à prefeitura de Campo Grande, deputada federal Camila Jara, deseja por fim ao contrato com o Consórcio Guaicurus, responsável por explorar o sistema de transporte coletivo urbano de passageiros do município, caso seja eleita nas eleições municipais deste ano.


“Vou rescindir o contrato, porque ele não tem validade jurídica, uma vez que ninguém o cumpre. Depois, quero abrir uma nova licitação para dinamizar o transporte coletivo urbano de Campo Grande”, afirmou a candidata, durante a sabatina promovida pela Rádio CBN Campo Grande e pelo Correio do Estado


Ela acrescentou que, caso ela seja eleita, pretende implantar a tarifa zero no transporte público.


Camila explicou que o transporte coletivo urbano de Campo Grande já é subsidiado pela prefeitura e pelo governo do Estado.


Camila explicou que o transporte coletivo urbano de Campo Grande já é subsidiado pela prefeitura e pelo governo do Estado.


“Então, algumas pessoas já têm tarifa zero. Esse modelo é implementado em 145 cidades, e nós vamos implementar aqui partindo de um princípio básico. Quando a gente consegue garantir o direito de deslocamento para as pessoas, a gente as libera para que possam investir o dinheiro usado na tarifa para outras áreas”, projetou.


A candidata petista adicionou que as economias de todas as cidades que implementaram a tarifa zero conseguiram ter um impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB) local.


“A gente quer fazer isso na arrecadação local, contribuindo para aumentá-la de maneira gradativa. Como a gente vai financiar isso? Por meio desse subsídio que já é dado. Além disso, em algumas cidades, as multas de trânsito já são destinadas para subsidiar a tarifa zero. Também vou usar os recursos de alguns impostos que já são aplicados, os redirecionando para o transporte público”, esclareceu.


QUALIDADE


Com relação à qualidade do transporte coletivo, a deputada federal disse que, para isso, o primeiro passo é ter uma empresa comprometida com a excelência do serviço prestado.


“Pagar ou não a tarifa não garante essa qualidade. Eu pego ônibus desde os meus nove anos e de lá para cá achei que o transporte público não pioraria, mas piorou. Com a pandemia [de Covid-19], retiraram linhas. E mesmo na época em que o transporte público tinha um lucro exorbitante, não era bom para a população”, argumentou.


Por isso, em sua avaliação, será necessária a criação de uma agência de regulação que realmente funcione e consiga fazer com que a população possa ter um transporte público de qualidade.


“A gente entende que não é possível mais fazer isso dentro do contrato que é vigente atualmente. E não adianta vir falar que vai revisar o contrato ou que vai conversar com o consórcio. Mentira, quem está falando isso não entende do contrato, não entende do caos que é o transporte público de Campo Grande e não sabe a complexidade que é o sistema”, ressaltou.


Camila afirmou que passou dois anos na Câmara Municipal, que seus colegas passaram outros dois e que só escutaram a mesma ladainha.


“Isso não resolve o transporte público de Campo Grande. Se ninguém cumpre o contrato, não tem contrato. Não tem porque continuar insistindo nesse modelo que não dá certo”, reforçou.


Ainda nessa linha, a parlamentar disse que está estudando a viabilidade de implantação de um veículo leve sobre trilhos (VLT) para desafogar o transporte coletivo urbano da Capital.


“O VLT é o veículo do futuro para o transporte público, é o meio de locomoção que todas as cidades de médio e grande porte têm que se adaptar para instalar. Campo Grande não pode mais atrasar o debate sobre a mobilidade urbana coletiva”, frisou.


Ela disse que tem acompanhado várias polêmicas nesse sentido e que, ao analisar o Plano Diretor da cidade, verificou que desde 1979 alguns eixos de mobilidade nunca foram explorados.


“A ideia é que a gente consiga, então, priorizar o transporte público coletivo. O VLT é uma dessas linhas do nosso planejamento. A gente já tem um estudo inicial para uma linha que sai do Bairro José Abrão, justamente tentando aproveitar esse resquício de trilho que ficou. O importante é dizer que a gente vai iniciar o VLT por meio do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] Mobilidade e garantir que ele esteja presente nos eixos de mobilidade de Campo Grande”, finalizou.

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