Por: AGROLINK -Leonardo Gottems Foto;Divulgação
“Surtos como esse são importantes lembretes para todos nós"
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alertou que a a rápida disseminação da Febre Suína Africana (FSA) na China poderia fazer com que ela se espalhasse por outros países da Ásia. De acordo com o veterinário-chefe da FAO, Juan Lubroth, a circulação de produtos oriundos de porco podem contaminar mais fácil do que o animal vivo.
“O movimento de produtos oriundos da carne suína podem espalhar doenças de forma rápida e, como nesse caso de peste suína africana, é provável que a circulação desses produtos, em vez de suínos vivos, causou a propagação do vírus a outras partes da China” afirma.
Segundo informações da Organização, a FSA foi detectada em áreas separadas dentro de um raio de mil quilômetros. Além disso, a FAO informou que não existe uma vacina eficaz capaz de proteger 100% dos animais, logo, qualquer produto pode originar um surto de febre suína sem precedentes.
Para Kundhavi Kadiresan, diretor assistente da FAO e representante regional para a Ásia e o Pacífico, esse surto é um lembrete para que as autoridades tomem as devidas providências. Nesse cenário, ele recomenda que haja um trabalho feito em conjunto por governos de diversos países a fim de prevenir que o surto geral aconteça.
“Surtos como esse são importantes lembretes para todos nós, que devemos trabalhar juntos em um esforço multilateral e intergovernamental para prevenir e responder a surtos de doenças de animais, porque doenças não tem fronteiras”, comenta.
A China é um dos principais produtores de suínos do mundo e reponde por cerca de metade da população de porcos do planeta, estimada em 500 milhões.
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