Agência Brasil
Feche os olhos e imagine uma casa, imagine os detalhes, tais como a forma da maçaneta, a altura das janelas, ou a cor das paredes, montada em sua mente com uma riqueza que parece palpável.
Uma matéria na revista Science desta semana, revela que um novo estudo descobriu que estas projeções mentais vivem no cérebro, induzindo alucinações em pacientes com epilepsia. Um homem com 22 anos de idade estava recebendo estimulação cerebral profunda para isolar suas crises diárias. A doença apareceu depois que ele pegou o vírus do Nilo Ocidental, quando tinha 10 anos de idade, posteriormente ele sofreu uma inflamação no cérebro. Esses episódios foram sempre precedidos de intenso déjà vu, sugerindo um componente visual de sua doença, mas ele não tinha histórico de alucinações. Varreduras em seu cérebro revelaram um ponto encolhido perto de seu hipocampo, o centro de memória do cérebro. Estudos mostraram que a região hipocampal (PPA) estava envolvida com o reconhecimento de cenas e lugares.
Os médicos reafirmaram isso, mostrando aos pacientes as imagens de uma casa e viram a que a região PPA acendia, em varreduras feitas no cérebro com ressonância magnética funcional. Para avaliar se o PPA foi o marco zero para as convulsões, os médicos usaram um procedimento de rotina que envolve disparar choques suaves de eletricidade na região para ver se o paciente sente uma apreensão que se aproxima. Ao invés de ter um déjà vu, o ambiente do paciente mudou de repente quando ele viu lugares familiares a ele. Os resultados confirmam que este pequeno canto do cérebro não é apenas responsável por reconhecer lugares, mas é também crucial para lembrar uma visão mental de algum lugar.
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