A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul exibe na próxima semana, entre terça e sexta-feira (23 a 26), os filmes da Mostra Memórias da Boca do Lixo e Animação para Adultos na programação de junho no \"Cine Brasil – Curtas e Longas no Centro\", projeto que disponibiliza filmes e vídeos em formato de curta e longa-metragem, gratuitamente. As exibições acontecem no Centro Cultural José Octávio Guizzo, toda última semana do mês, às 18h30.
A Mostra relembra a época em que o cinema era feito a baixíssimo custo e usualmente usava-se o terror e as chanchadas. E aproveitando o gancho das memórias vêm às animações para adultos, que são em sua maioria voltadas para a sexualidade e para a violência. A classificação da mostra é de 16 anos.
Na terça-feira (23) serão exibidos dois filme: “Candeias da Boca para Fora” (17’/SP/DOC/2002), com direção de Celso Gonçalves, conta um retrato original de um dos mestres do Cinema Marginal, Ozualdo Candeias, realizador dos clássicos “A Margem” e “Zezero”; genuinamente um cineasta do povo. Tem também divertidos e controversos depoimentos de personalidades do cinema como Zé do Caixão, Carlos Reichenbach, Inácio Araújo e Jairo Ferreira.
Já “Soberano (15’/SP/DOC/2005), com direção de Kiko Mollica e Ana Paula Orlandi, mostra reminiscências que resgatam a trajetória do bar Soberano, símbolo da intensa e espontânea produção do movimento cinematográfico da Boca do Lixo.
Quarta-feira (24) - “Boca Aberta” (20’/SP/DOC/1984), com direção de Rubens Xavier, documentário realizado em 1984, enfoca alguns dos principais protagonistas da cinematografia ligada à Boca-do-lixo, como Odi Fraga, que dirigiu inúmeros longas sobre a temática do sexo explícito, Ozualdo Candeias, com uma filmografia mais autoral e Toni Vieira, que dirigiu mais de 20 filmes. A rotina de atores e produtores ligados a este pólo de produção de filmes de apelo mais popular e que foram responsáveis pela produção das comédias eróticas das décadas de 60 e 70.
Ainda na quarta será exibido “O Galante Rei da Boca” (51’/RJ/DOC/2003), com direção de Alessandro Gama e Luís Rocha Melo. Galante produziu filmes de cangaço a comédias eróticas, dramas psicológicos e filmes policiais, passando por bang-bang e filmes de kung-fu, num total de mais de 50 obras. Com depoimentos do próprio Galante, trechos de seus filmes, imagens de São Paulo e da Boca do Lixo de ontem e de hoje e entrevistas inéditas com nomes como Carlos Reichenbach, Jairo Ferreira, Rogério Sganzerla, Inácio Araújo, Severino Dadá, Miro Reis, Sylvio Renoldi, Pio Zamuner, Antônio Meliande, Cláudio Portioli, Sebastião de Souza e João Silvério Trevisan (técnicos, diretores e críticos que fizeram a história do cinema brasileiro), O Galante Rei da Boca é um documentário que, com humor e a simpatia peculiares de seu personagem central, reflete e informa sobre o fazer cinema no Brasil.
A quinta-feira (25) começa com três exibições: “Sushiman” (20’/RJ/ANI/2003), com direção de Pedro Iuá, mostra a tentativa desesperada de resolver um triângulo amoroso. Também participa da exibição o filme “Essa Animação Não Tem Nome” (3’25’’/SP/FIC/2002), com direção de Gustavo Russo e Thomas Larson. O filme conta a história de um animador que leva o projeto de animação para produtor de TV regional do interior de São Paulo. Frustrado com a primeira experiência, participa da primeira reunião da Sociedade dos Cineastas Anônimos do Interior.
Na seqüência será exibido “Santa de Casa” (18’/RJ/ANI/2006), com direção de Allan Sieber. O filme conta sobre Oséias, que leva uma vida desregrada até que sua mulher tem problemas no parto. Desesperado, faz então uma promessa: se a filha sobrevivesse, ela se chamaria Aparecida, ele pararia de fumar, e durante três Carnavais ele vestiria ela de santa e a colocaria em cima de um andor no meio do seu bloco, o Grêmio Carnavalesco Quem Nunca Sentiu Vai Sentir Agora.
Finalizando a Mostra, na sexta-feira (26) é a vez de seis filmes. “Almas em Chamas” (11’/SP/ANI/2000), com direção de Arnaldo Galvão, conta uma incendiária história de amor. Em seguida será exibido o filme “Quando Jorge Foi à Guerra” (8’/PR/ANI/2004), com direção de Tadao Miaqui. Relata que em 1942, numa época de grande exclusão social, Jorge era o maior deles, e apesar de todos os obstáculos, ele os superou e alcançou seu objetivo.
“Os Três Porquinhos” (4’/RJ/ANI/2006), com direção de Cláudio Roberto, retrata a história infantil adaptada à realidade brasileira. Em seguida o filme “Cidade Fantasma” (7’/RS/ANI/1999), com direção de Lisandro Santos. O filme conta a história de um jovem assalariado que encontra uma garota no verão de Porto Alegre.
Continuando a Mostra “Biribinha Atômica” (3’/SP/ANI/2007), com direção de Ricardo Piologo, Rodrigo Piologo e Rogério Vilela. Cansados das mesmas Biribinhas que não tinham a menor graça, o Mundo Canibal resolveu lançar a Biribinha Atômica que vai deixar a criançada muito mais contente. E finalizando a programação, o filme “Hotel do Coração Partido” (4’30’’/PE/ANI/2006), com direção de Raoni Assis, conta à história de Ronaldo, um homem especial, já que seu coração era evidentemente maior que os corações normais...
Serviço: Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na Rua 26 de Agosto, 453 ou pelo telefone 3317-1792.
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