Ex-ministro Marun é o principal articulador desta dobradinha visando à Presidência e ao governo de MS
Ex-conselheiro de administração da Itaipu Binacional e ex-ministro do governo Temer Carlos Marun (MDB) volta à articulação política nacional e sul-mato-grossense.
De acordo com Marun, a ideia do MDB é viabilizar uma candidatura à Presidência da República em 2022, da chamada 3º via, para fugir da polarização Lula-Bolsonaro.
Além disso, o partido também trabalha com o nome do ex-governador André Puccinelli, para concorrer novamente ao governo do Estado.
Ao Correio do Estado, o político afirmou que seu partido terá candidato próprio para concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul e que o nome de Puccinelli é a primeira opção, pois, quando colocado em pesquisas eleitorais para 2022, ele aparece na frente.
Ele, porém, afirmou que essa definição partirá do próprio ex-governador e, caso ele não queira, a segunda opção, conforme já adiantado pelo Correio, será a senadora Simone Tebet (MDB).
“A realidade é que a preferência do partido é pelo ex-governador, mas nós temos de respeitar a vontade dele e de sua família, pois ele foi injustiçado, quando era apontado líder nas pesquisas eleitorais de 2018. Por exemplo, contra ele foi decretada uma prisão preventiva absurda às vésperas das convenções do nosso partido, mas a própria Justiça reconheceu essa arbitrariedade e constatou seus direitos políticos. No entanto, agora temos de respeitar a opinião dele”, explicou.
Segundo Marun, o “martelo com o nome do pré-candidato só será batido em outubro”, quando serão realizadas convenções emedebistas, as quais têm o objetivo dessa definição.
Além disso, o político afirmou que o momento atual não é o de pensar em candidaturas, mas, sim, o combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Eu defendo que o partido tome essa decisão apenas no fim do ano, pois nesse momento o foco é outro. Temos uma liderança que é Puccinelli, que terá um período de alguns meses para tomar sua decisão de forma tranquila. Caso ele opte por ficar de fora, temos outra figura do quilate da Simone, que está disposta a enfrentar a eleição, caso seja solicitada”, projetou.
Em relação às eleições nacionais, Marun revelou que dentro do MDB existem pessoas simpáticas ao ex-presidente Lula (PT), bem como ao presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, a maioria dos seus correligionários entendem que a melhor opção seria a de fundamentar uma campanha de centro e que o nome da legenda poderia ser o ex-presidente Michel Temer (MDB).
“A tendência é de que o MDB procure as candidaturas de centro. Temos de analisar quem serão esses candidatos, para tomarmos uma posição de sermos cabeças de chapa, ou compor candidaturas de outros partidos. Contudo, nós temos um nome natural que é do ex-presidente Temer, que fez um bom governo e tem capital política para uma disputa como essa. Além disso, não podemos descartar o nome de Simone para a majoritária nacional. Portanto, em outubro colocaremos nossos nomes à disposição e exigiremos debates com outros partidos que idealizam essa 3ª via”, disse.
Saída de Itaipu
Marun revelou ao Correio do Estado que os motivos da sua iminente saída do conselho de Itaipu se deram pelas mudanças no governo Bolsonaro e sua atuação política para construção de uma candidatura de centro.
“O presidente entendeu que no seu entorno deve haver pessoas comprometidas com seu projeto de governo para as eleições de 2022. Ocuparei o cargo até o presidente indicar outro membro brasileiro para o grupo”, explicou.
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