DIA
Uma pesquisa feita pelo banco Credit Suisse com 13 mil consumidores em sete países emergentes apontou que o gasto médio por mês das famílias brasileiras com saúde, de 9,8% da renda, é quase o dobro do que desenbolsam as famílias chinesas, de 5,7% da renda.
De acordo com a instituição, no entanto, o resultado não reflete apenas a má qualidade do serviço público de saúde, que recebe 3,5% do investimento total do governo brasileiro, mas também é uma tendência de gastos arbitrários nesta área, observada nos outros países. Apesar disso, o Brasil tem, ao lado da Rússia, o maior investimento público em serviço de saúde em relação aos outros países envolvidos na pesquisa: China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita e Egito.
Já o gasto do brasileiro com educação é de 4,6% da renda, apenas maior que o da Rússia, de 3,1%, ante 10,5% no Egito. O Brasil, no entanto, tem o segundo maior investimento em educação entre os emergentes, de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) referente a 2008, só perdendo para a Arábia Saudita, de 5,6%.
A família brasileira é a que menos poupa dinheiro, 10% da renda, enquanto na China é reservada uma fatia de 30% dos rendimentos. O Credit Suisse avaliou que o resultado brasileiro se deve ao temor que o País "herdou" das décadas anteriores em relação à inflação galopante.
Segundo a pesquisa, o Brasil apresentou a maior proporção de pessoas que acreditam que a situação de suas finanças pessoais melhorará nos próximos seis meses, de 63%, contra 45% na China e 43% na Índia, enquanto 33% dos consultados esperam que a situação se mantenha igual no País.
O levantamento também indicou que 68% dos brasileiros consultados planejam adquirir produtos por meio de financiamento, a maior porcentagem verificada entre os sete países emergentes. Em relação à compra de carros, 56% afirmaram que possuem veículos financiados com crédito, quase a mesma proporção vista na Índia, de 57% dos consumidores.
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