Foto: PF Divulgação
A Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) deram início nesta terça-feira (03) a mais uma Operação Nova Aliança, a 46ª, para erradicar plantações de maconha no Paraguai.
É a quinta operação conjunta só neste ano. Mas, apesar disso, o narcotráfico segue com força total. Prova disso é o aumento de 26,8% nas apreensões de maconha nos primeiros oito meses do ano em Mato Grosso do Sul na comparação com igual período do ano anterior.
Do começo de janeiro até o fim de agosto do ano passado a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul contabilizou a apreensão de 267,3 toneladas de maconha. Neste ano, no mesmo período, o volume aumentou para 339 toneladas.
O aumento ocorre após quatro ano seguidos de retração. Em 2020, por exemplo, foram 765 toneladas. E, após as reduções, 2023 acabou com 421 toneladas.
Conforme a Polícia Federal, as operações Nova Aliança, que começaram ainda em 2010 e são consideradas “o maior operativo policial de erradicação de plantios ilícitos de Cannabis do planeta”, são bem mais eficazes no combate ao narcotráfico do que as interceptações feitas em território brasileiro.
Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC indicam que, anualmente, em média, aproximadamente 5 mil toneladas maconha são apreendidas no mundo, por meio de um milhão de operações policiais. A Nova Aliança alcança números semelhantes ao longo das seis operações realizadas a cada ano, em média.
A atual etapa é a quinta realizada em 2024, tendo erradicado mais de 3 mil toneladas de maconha até o momento, quantidade que deixou de abastecer o tráfico internacional de drogas, desarticulando complexos esquemas de envio do entorpecente ao Brasil e descapitalizando as organizações criminosas envolvidas, diz a Polícia Federal.
45ª OPERAÇÃO
Na operação mais recente, no final de junho, foram destruídas plantações em 154 hectares, nos quais estavam sendo produzidas 467 toneladas do entorpecente, volume superior àquilo que foi apreendido durante todo o ano passado em Mato Grosso do Sul. Além disso, 340 quilos de sementes e 32 acampamentos foram destruídos.
“A atuação na origem gera relevante economia no que seria investido na etapa investigativa, na fase judicial, na manutenção de presídios e, por fim, no sistema de saúde pública de ambos os países, além de impactar de maneira significativa as estruturas que são atualmente lideradas pelas maiores facções criminosas brasileiras, e usam o tráfico de drogas como fonte de capitalização para posterior financiamento de outros crimes conexos, como o tráfico internacional de armas”, justifica a Polícia Federal ao iniciar mais uma ação conjunta.
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