sábado, 24 de dezembro de 2022

CCAS apoia lei para acelerar registro de agroquímicos

 

                                                          Divulgação

Uso de agroquímicos e novas moléculas também traz benefícios ambientais
Por:  -Leonardo Gottems

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), é a favor da celeridade na aprovação de novos agroquímicos que à luz do conhecimento científico sejam seguros para o ambiente, consumidor e agricultor. Em 2022 a lei dos pesticidas foi aprovada na Câmara dos Deputados brasileira, regulamentando a obtenção de registro para agroquímicos. 



Um dos maiores avanços da lei é a centralização do processo de fiscalização e análise desses produtos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Outra grande mudança é a concessão de registro temporário se o prazo não for cumprido, causou muita controvérsia.


 Para o professor-associado da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, Caio Carbonari, membro do CCAS, moléculas modernas de defensivos garantem maior eficácia no controle de pragas. Carbonari explica que o uso correto dos defensivos não oferece riscos à saúde do consumidor. 


“O Brasil é membro do Codex Alimentarius, programa da ONU que estabelece limites seguros de resíduos nos alimentos. O Brasil não usa produtos proibidos no mundo e, do outro lado, a Europa usa produtos que não têm registro nem uso no nosso país”, explicou ele. 


É preciso lembrar que agroquímicos são usados e avaliados conforme a necessidade em cada país. Além disso, podem ser reavaliados e proibidos a qualquer momento se houver necessidade”, detalhou Carbonari. 


O professor disse ainda que o uso de agroquímicos e novas moléculas também traz benefícios ambientais, ao elevar a produtividade agrícola com menores doses de aplicação. “A questão não é evitar ou não agrotóxicos, mas como usá-los e torná-los cada vez mais seguros”, explicou. 


Segundo ele, a dose média de aplicação de agroquímicos lançados nas lavouras brasileiras nas décadas de 1970-1980 caiu 88% em comparação com a dos últimos dez anos. “Os produtos mais recentes são mais seguros para o consumidor. Retardar a chegada disso ao mercado não faz sentido e temos oportunidade de mudar isso com nova lei em tramitação no Senado Federal”, finalizou.


O CCAS é uma entidade sem fins econômicos, composta por profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas. O Conselho é uma organização da Sociedade Civil, privada, de natureza associativa, sem fins econômicos.

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