sábado, 19 de setembro de 2020

Egressa da UEMS desenvolve cosméticos artesanais veganos

                                         Foto: Divulgação

Perfumes, óleos corporais, xampus, condicionadores e desodorantes: tudo natural, vegano e artesenal. Com foco no respeito a natureza e as mulheres, a egressa do mestrado em Recursos Naturais, da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Ana Leticia Sartori Xavier, criou a marca Poty (que significa flor em Tupi Guarani), que com projeto “Economia da Natureza, um novo conceito de Beleza” foi aprovado para investimento pelo Programa Centelha Mato Grosso do Sul.

A marca já existia como um hobby de Ana Letícia, que construiu um ateliê laboratório em sua  casa, onde fazia estudos com plantas e sabonetes naturais. A princípio eram só os sabonetes, depois foi se aprofundando nos óleos essenciais, nos métodos de extração  e desenvolvendo  perfumes que são a sua grande paixão.

A ideia do Centelha nasceu da posição de Ana Letícia como consumidora dos insumos, dos óleos essenciais e das bases para esses cosméticos. “Eu via que tinha que pedir de fora, então eu tive a sacada de produzir. Pensando na potência do Estado, com o agronegócio e a potência no campo, eu trouxe a proposta de criar uma cadeia produtiva de insumos para cosméticos, mais específico aos óleos essenciais, hidrolatos, óleos vegetais com fixação de carbono. E além de querermos criar e fortalecer uma cadeia produtiva limpa nós também queremos plantar árvores consorciadas”, explicou.

Perfumaria natural

Ela ressalta que a economia da natureza quer trazer novamente a tecnologia, chamada de agrofloresta, que é a produção agrofloresta aromática, produção de aromáticas consorciadas a árvore – uma cadeia com fixação de carbono.

“Este novo conceito de beleza, quer trazer esse olhar da estética do campo também. E mostrar que corpos femininos, os corpos estão ligados a um grande corpo gaia, que é a natureza. Queremos estar presentes no começo, meio e fim: a gente quer criar, construir e fortalecer uma cadeia produtiva limpa com fixação de carbono, produzir produtos limpos, produtos conscientes e também ajudar a criar e fortalecer uma rede de consumidores conscientes”, destacou.

O projeto também pretende fazer um trabalho de afirmação dos conceitos femininos de respeito, de cuidado, de cooperação a natureza e às mulheres. Conectando mulheres do campo, mulheres artesãs, mulheres empreendedoras (que seriam as revendedoras) e mulheres consumidoras conscientes (que são aquelas que vão comprar os nossos produtos).

“A marca quer sim trazer um recado: de respeito a natureza e respeito as mulheres. Infelizmente a gente ainda vive em uma sociedade muito machista, numa sociedade em que a ignorância ambiental ainda reina. Então não são apenas produtos, é uma marca que vem pra trazer um novo olhar, para trazer um novo conceito”, afirma.

Sabonetes

Além disso o projeto também tem o eixo da educação ambiental, que por meio do marketing digital será levado os conhecimentos, tentando educar os consumidores.

Ana Letícia diz que além de produzir os insumos com a agrofloresta, o projeto dela quer preservar a floresta e homenagear os povos indígenas, pois são, principalmente, nas aldeias, que são preservadas as florestas.

“É uma tentativa de honrar esse povo, uma homanagem a esses povos que mantém a floresta em pé. E temos como plano de ação fazer um trabalho bem integrado com a aldeia, mas a gente ainda está bem no começo, precisamos de mais investimento”, contou.

O recurso do Centelha possibilitará que sejam produzidos os insumos, pois os óleos essenciais, bases, óleos vegetais e ervas in natura são compradas atualmente. O planejamento é que seja preparada a terra para a produção dos insumos, enquanto os produtos da marca já vão sendo inseridos no mercado.

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