Foto: inpEV
Já no Sudeste, o aumento foi influenciado pela alta dos insumos volumosos
Em setembro de 2024, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apontou R$ 13,53 no Centro-Oeste e R$ 11,86 no Sudeste. No comparativo com agosto de 2024, o ICAP no Centro-Oeste registrou queda de 1,24%, enquanto no Sudeste houve um aumento de 6,94%, rompendo a sequência de quedas observadas desde março.
Esse aumento no Sudeste reflete o término dos benefícios da safra e da renovação dos estoques, agora pressionados pela demanda crescente e condições climáticas adversas, como queimadas e migração dos animais para o cocho. A busca por proteína animal no mercado interno e externo também contribuiu para elevar os custos.
No Centro-Oeste, a redução do ICAP foi impulsionada pela queda nos preços de insumos energéticos (-7,21%), proteicos (-7,04%) e volumosos (-7,67%) entre junho e agosto. Insumos como silagem de milho grão úmido (-16,21%), caroço de algodão (-13,22%) e milho grão seco (-4,47%) lideraram essa redução. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação atingiu R$ 1.016,93, uma queda de 4,43%.
Já no Sudeste, o aumento foi influenciado pela alta dos insumos volumosos (+23,92%) e energéticos (+3,62%). A silagem de cana (+33,05%) e o bagaço de cana (+16,41%) foram os maiores responsáveis, enquanto a polpa cítrica (+9,79%) também impactou o custo. A tonelada de matéria seca chegou a R$ 1.053,64, um aumento de 2,98%.
Comparando com setembro de 2023, os custos de engorda caíram: -4,43% no Sudeste e -2,94% no Centro-Oeste. A redução no custo da dieta tem sido um alívio para pecuaristas, mas é essencial monitorar indicadores, pois a especulação pode elevar os custos no médio prazo.
Agrolink - Leonardo Gottems
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