terça-feira, 27 de setembro de 2022

Nave da Nasa atinge asteroide em teste para proteção da Terra

 


G1

 

Uma sonda da Nasa, a agência espacial norte-americana, atingiu um asteroide nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, em um teste da capacidade de desviar a rota de corpos celestes que, hipoteticamente, poderiam entrar em rota com a Terra no futuro. Entretanto, a Nasa afirma que não há ameaça do tipo conhecida contra o planeta.


O teste espacial ocorreu a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra e faz parte da chamada missão DART, ou Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário (em tradução livre do inglês).



A sonda da agência espacial colidiu com a lua Dimorphos, que orbita um asteroide um pouco maior chamado de Didymos.


O sistema Dimorphos/Didymos não oferecia risco à Terra, segundo a Nasa, e foi escolhido por ser relativamente perto e por oferecer a possibilidade de monitorar se a mudança de trajetória foi obtida.



A Nasa investiu mais de US$ 330 milhões no programa. A agência afirma que não há chance alguma que qualquer um dos asteroides represente um perigo para a Terra agora ou no futuro.


Segundo a Nasa, o impacto deve criar apenas uma cratera com dezenas de metros de largura e lançará um milhão de quilos de rocha e poeira no espaço.


Segundo Gonçalves, o tamanho da Dimorphos é até comum para asteroides encontrados no nosso Sistema Solar, mas, ao mesmo tempo, poderia causar um grande estrago se realmente estivesse em rota com a Terra.



"É uma oportunidade boa de conseguir acompanhar o efeito de um objeto que seria efetivamente o alvo de uma missão caso isso fosse realmente necessário, se a gente tivesse que desviar um asteroide", disse.

Descoberto em 1996, o Didymos gira tão rápido que os cientistas acreditam que ele deslocou o material do qual formou sua lua, Dimorphos, que orbita a menos de 1,2 km de distância.


No entanto, com o sucesso da missão, a cratera que deve ser criada na Dimorphos pode gerar pela primeira vez uma chuva de meteoros criada artificialmente pelo homem.



"A colisão deve gerar uma cratera de aproximadamente 10 metros nesse segundo componente do sistema binário, no asteroide menor, e esse material vai ser levantado. É possível que isso gere uma nova chuva de meteoros que poderá ser vista da Terra", explicou o astrônomo.


Ela possui apenas um instrumento: uma câmera usada para navegar, selecionar o alvo e registrar sua última ação.


A alguns milhares de quilômetros atrás da Dart, estava o satélite LICIACube, que gravou impacto da nave no asteroide.



Segundo a ESA, a agência espacial europeia, o satélite possui duas câmeras para coletar imagens únicas da superfície do asteroide, bem como detritos ejetados da cratera recém-formada, fornecendo "provas fantásticas" do sucesso da missão.


Contudo, a agência ressalta que não deveremos ver um vídeo detalhado cena por cena da explosão.


O LICIACube observará a "pluma" de materiais ejetados apenas alguns minutos após o impacto, realizando seu sobrevoo a cerca de 55 km da superfície do asteroide.


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