O ex-jornalista e colunista social Luiz Gonzaga de Santa Rosa morreu na manhã desta quinta-feira (11), aos 86 anos, em Campo Grande. Ele estava internado no Hospital da Cassems, onde tratava problemas pulmonares. Segundo o filho, Luiz Alexandre Santa Rosa, que mora em Curitiba e segue para a Capital, a morte ocorreu em decorrência de uma pneumonia. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Nascido em Propriá (SE), Santa Rosa chegou ao então estado de Mato Grosso antes da divisão territorial de 1977 para trabalhar no Banco do Brasil, instituição da qual foi afastado por razões políticas durante a ditadura militar. Posteriormente, foi reintegrado e se aposentou pelo próprio banco. Paralelamente à carreira no setor financeiro, começou a construir seu nome na imprensa regional.
Em 1976, assumiu a direção da Listas Telefônicas Paulista S/A, tornando-se responsável pela representação e produção dos catálogos telefônicos em todo o Mato Grosso unificado, à época administrado pela Telemat. Simultaneamente, atuava como colunista social no Correio do Estado, tornando-se um dos nomes mais conhecidos da sociedade campo-grandense.
Com a criação de Mato Grosso do Sul, em 1979, deixou a representação das listas telefônicas e ingressou na Assembleia Legislativa, onde ocupou o cargo de diretor de Patrimônio. Também dirigiu o Diosul (Diário Oficial do Estado) e consolidou carreira na comunicação institucional.
No governo Ramez Tebet, assumiu a coordenação de Comunicação, cargo em que se destacou pela proximidade com o governador e pelo amplo trânsito político que manteve ao longo das décadas.
A trajetória de Santa Rosa foi lembrada pelo empresário e radialista Luiz Carlos Feitosa, que aos 18 anos atuou como assessor e fotógrafo do colunista no Correio do Estado, período marcado pela efervescência social e política do recém-criado Estado.
Nos últimos anos, Santa Rosa enfrentava problemas de saúde, incluindo episódios de esquecimento e o avanço do Mal de Parkinson, condições que reduziram significativamente sua rotina. Ele deixa cinco filhos.
Figura influente entre a imprensa, a política e a sociedade sul-mato-grossense, Luiz Santa Rosa deixa um legado que acompanha a formação de Mato Grosso do Sul e os primeiros anos de consolidação de suas instituições.
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