China anuncia na ONU que pretende reduzir emissões de gases de efeito estufa em até 10%

 

Declaração do líder chinês ocorre após Trump ter chamado a mudança climática de “a maior fraude já perpetrada no mundo”

A China, a maior poluidora de carbono do mundo, anunciou nesta quarta-feira, 24, nas Nações Unidas que pretende reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 7% a 10% nos próximos 10 anos, a primeira vez que Pequim assumiu um compromisso tão forte para conter o aquecimento global.

O líder chinês, Xi Jinping, fez o anúncio por vídeo em uma cúpula climática da ONU em Nova York, onde afirmou: “A transição verde e de baixo carbono é a tendência do nosso tempo”. Em uma aparente referência aos Estados Unidos, Xi acrescentou: “Alguns países são contra”.

O anúncio da China ocorreu um dia após o presidente Trump ter chamado a mudança climática de “a maior fraude já perpetrada no mundo”. O presidente americano também alertou outros países para evitarem fontes de energia renováveis ​​e prometeu continuar a incentivar a exploração de petróleo. Os Estados Unidos não participarão da cúpula climática da ONU desta semana, aprofundando seu isolamento do resto do mundo em relação às mudanças climáticas.

A mudança chinesa em sua política climática ocorreu em um dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas estava lidando com outros problemas.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu mais ajuda militar para continuar lutando contra a Rússia em um discurso aos demais líderes. Seu apelo, acompanhado de alertas de que o mundo estava entrando em uma nova e perigosa era de tecnologia militar avançada, ocorreu um dia depois de Trump sinalizar apoio renovado a Kiev em sua guerra contra a Rússia.

Anteriormente, Zelenski acusou as instituições internacionais de não conseguirem impedir a agressão russa e afirmou que “a única garantia de segurança são amigos e armas”.