quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Relatório sobre reforma tributária deverá ser apresentado na segunda quinzena de novembro

 

                                            Foto Agência Senado

"Precisamos retomar a reforma tributária urgentemente - mas sempre sem permitir aumento de impostos", frisou Tereza Cristina



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 23/10, o plano de trabalho sobre a regulamentação da reforma tributária apresentado pelo relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM). O calendário propõe audiências públicas até 14/11 com os setores produtivos, além de duas sessões temáticas no plenário do Senado com representantes das três esferas de governo e dos três poderes.


“Tem muita coisa acontecendo no Senado, como a reforma tributária, que veio da Câmara. Nós já estamos fazendo algumas audiências públicas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas ela agora precisa ir para CCJ, que é onde ela vai acontecer”, destacou a líder do Progressistas no Senado, Tereza Cristina (MS).


“Precisamos retomar esse assunto urgentemente e caminhar com a reforma tributária – sempre sem permitir mais aumento de impostos”, frisou a senadora. “Mas o que acontece é que agora o tempo ficou muito curto, é um só calendário para todas as coisas importantes que nós temos que votar”, completou Tereza Cristina. De acordo com decisão da CCJ, o relatório sobre a regulamentação da reforma tributária deverá ser analisado na Comissão a partir da segunda-feira,18/11.


Mais de 1.400 emendas ao texto foram apresentadas pelos senadores. Segundo o relator, parte delas deve ser incorporada ao texto, o que vai exigir o retorno da proposta à Câmara dos Deputados. A expectativa do relator é concluir a votação do projeto até o final do ano nas duas Casas, mas para isso será necessário construir um texto de consenso. O acordo também precisa envolver o governo federal, segundo Braga.


“Não basta aprovar o projeto no Senado. É preciso aprovar as mudanças na Câmara. É preciso que as modificações que venham a ser feitas no Senado sejam consensuadas tanto com a Câmara quanto com o Executivo para que elas sejam efetivas. Há um entendimento de que existem questões a serem resolvidas no texto que veio da Câmara”, disse o senador.


Braga reforçou que o compromisso do Senado é garantir um texto que represente simplicidade, segurança jurídica e neutralidade da carga tributária.


Tramitação


O projeto será examinado apenas pela CCJ. Entretanto, o senador Izalci Lucas (PL-DF) informou que apresentará requerimento, que teve o apoio de Tereza Cristina, para que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) também seja considerada na definição da proposta.


Izalci coordena um grupo de trabalho na CAE que realizou uma série de audiências pública sobre a regulamentação da reforma. “Nós já estamos trabalhando na CAE. Vamos apresentar semana que vem um relatório. É indispensável uma discussão na CAE”, defendeu. O relator Eduardo Braga prometeu considerar o trabalho da CAE, que já realizou 21 audiências públicas para debater o tema.


Líder interino do governo, o senador Otto Alencar (PSD-BA) apontou que a decisão sobre a tramitação do projeto foi definida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e líderes partidários. Segundo Otto, o rito mais breve é importante para viabilizar a construção do acordo entre Câmara, Senado e Executivo.


“Esperamos que possamos votar ainda neste ano. O relator vai buscar entendimento com o relator na Câmara dos Deputados para que as alterações que venham a ser feitas aqui sejam consideradas lá na Câmara e não retiradas”, informou.


Com informações da Agência Senado

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