sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Presidente do TSE alerta para risco de desinformação na reta final da campanha

 

                                           A presidente do TSE, Cármen Lúcia, durante sessão (Foto: Alejandro Zambrana/TSE/)

A ministra Cármen Lúcia de denominou de 'cabresto digital' essa prática usada em final de campanha 

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira que há uma espécie de "cabresto digital" no Brasil, que ocorreria por meio da desinformação para influenciar o voto nas eleições. Cármen participou da abertura de um encontro com convidados internacionais, a dois dias do primeiro turno das eleições municipais.


— Criamos agora no Brasil, nós conhecíamos nas décadas de 30 e 40 do século passado, o cabresto digital. Alguém põe na nossa máquina, no nosso celular, no nosso computador, algo que nos desinforma e nos encabresta para o mesmo lugar, como se fossemos apenas manipulados, sem condições de livremente escolher — declarou a presidente do TSE.


Cármen também afirmou que ferramentas de IA (nteligência artificial) confundem o cérebro humano, fazendo com que ele não seja capaz de fazer escolhas livres.


— Com a inteligência artificial, acresceu-se ainda, com a exposição (de) verossimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano. O cérebro confundido não é um cérebro livre. Ele não pode fazer escolhas livres, porque ele não tem o prumo necessário, o raciocínio necessário.


A embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia, que também participou da abertura do evento, elogiou a frase sobre o "cérebro livre" e afirmou que gostaria de colocá-la em uma camiseta. Também participaram os embaixadores do Uruguai e do Chile, Guillermo Valles e Sebastián Depolo.


Em sua fala, a presidente do TSE ainda afirmou que há uma tentativa de capturar a defesa da liberdade de expressão, com a alegação de que qualquer forma de regulação seria censura.


— Essas máquinas vêm tentando capturar a liberdade de expressão, que é uma conquista democrática, afirmando que qualquer regulação seria uma forma exatamente de censurar a livre expressão. Isso também é mentira. É fake news, no jargão mais comumente utilizado, é uma desinformação.


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