terça-feira, 22 de outubro de 2024

Hospital Cassems de Campo Grande apresenta resultados do Protocolo ERAS

 



No último dia 24 de setembro, a equipe do Hospital Cassems de Campo Grande (HCCG), participante do protocolo ERAS, (do inglês Enhanced Recovery After Surgery), apresentou os resultados das medidas adotadas na unidade hospitalar. O protocolo é uma estratégia multidisciplinar, abrangente e que visa bons desfechos no pós-operatório, abreviando as internações pós-cirúrgicas, possibilitando que o paciente retome as atividades com mais rapidez.


O cirurgião cardiovascular, Evandro Lopes, explica que, desde o início da implementação do protocolo ERAS no Hospital Cassems de Campo Grande, as equipes de cada especialidade foram adquirindo rotinas para otimizar a recuperação dos pacientes.


“O que a gente vê normalmente nos hospitais? Cada profissional da equipe multidisciplinar fica ali no seu quadradinho, faz o seu serviço, atende o paciente e vai, mas não tem uma integração. O ERAS veio para mudar isso, porque ele integra todos os profissionais. Dentista, fisioterapeuta, nutricionista, enfermagem, assistente social, terapia ocupacional. Envolve todos esses profissionais em prol do benefício do paciente. E o que a gente tem visto é que os pacientes saem muito mais satisfeitos, tem menos dor no pós-operatório, recupera mais rápido e reduz muito o tempo de internação e tempo hospitalar. Então, é uma grande mudança de paradigma”, avalia Lopes.



Fisioterapeuta e coordenadora da Linha Cardiovascular do HCCG, Aline Farias ressalta que o protocolo ERAS veio para mudar o que já era muito comum na cirurgia cardíaca e preparar o paciente para que tudo seja feito da maneira que ele possa ter ganhos.


“Para nós, da fisioterapia, a gente observou muito ganho, principalmente no tempo de internação, então teve redução do tempo de internação. Surgiu também a mobilização precoce, antes a gente não mobilizava os pacientes já no pós-operatório imediato e aí com o ERAS agora isso é possível. Quando o paciente chega no setor, passam umas 3 ou 4 horas e a gente já consegue mobilizar e isso tem sido muito legal, porque com os números que a gente apresentou hoje deu para ver que os pacientes ficam menos tempo internados. Então, quem é mobilizado mais cedo, quem caminha mais cedo, fica menos tempo internado. Então, isso tem sido muito legal”, pontua.


Para a nutricionista de UTI Cardiológica do Hospital Cassems de Campo Grande, os pacientes que fazem parte do protocolo relatam a diminuição da sensação de fome e sede, sintomas bastante comuns durante o jejum.


“A gente consegue reintroduzir uma alimentação mais precoce, então eles diminuem a sensação de náusea e conseguem comer melhor pós-extubação. Além de todos esses ganhos, o paciente tem uma reabilitação melhor, porque ele consegue fazer uma realimentação mais rápida e isso contribui para uma melhora da cicatrização e a gente consegue também uma alta hospitalar com menos tempo de internação”, relata.


De acordo com a dentista da UTI do HCCG, Regina Rafaelle, a grande importância do protocolo é toda a equipe olhando para o paciente. No caso da odontologia, “quando o paciente é interno e se ele tem algum problema odontológico, a gente previamente trata esse paciente antes da cirurgia cardíaca. Com isso a gente evita infecções, evita endocardite infecciosa, então todos esses pacientes que foram feitos a cirurgia cardíaca, todos receberam a nossa avaliação prévia”.


Marcos Bonilha, diretor Clínico do HCCG, acredita que “faz parte, desde a fundação do hospital, a gente trazer coisas novas, coisas boas para os beneficiários, para que a gente consiga oferecer a maior saúde possível. Então, o protocolo ERAS vem ao encontro do que a gente sempre pensou no hospital, que é oferecer o melhor serviço, o melhor atendimento dentro do que nós produzimos no hospital. Os pacientes têm saído com muito menos tempo e com muito melhor assistência e qualidade de atendimento”.

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