De acordo com o meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, a semana promete ser movimentada no clima, com chuvas intensas no Brasil Central e formação de um ciclone no Sul do país. A previsão traz boas notícias para a semeadura da soja, mas alertando para riscos de tempestades severas na Região Sul.
As chuvas que já estão ocorrendo na porção central do Brasil seguem no padrão de pancadas isoladas, mas com volumes importantes para o solo. “Essas precipitações são fundamentais para o avanço da safra 2024/25 de soja, repondo a umidade necessária para o desenvolvimento inicial das lavouras”, explicou Rodrigues. A soja, especialmente em Mato Grosso, Goiás e Triângulo Mineiro, deve se beneficiar desse cenário.
Enquanto a soja se desenvolve com boas perspectivas, outros estados também recebem atenção: nas áreas que abrangem o sul de Goiás, o norte de São Paulo e o Triângulo Mineiro, os acumulados de chuva previstos superam os 120 mm ao longo da semana. Regiões como o Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia podem registrar volumes pontuais próximos a 100 mm, mas com padrão irregular de distribuição.
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“Mesmo com essas chuvas, é difícil apontar volumes precisos em localidades específicas, já que estamos falando de precipitações irregulares, comuns nesta época do ano”, reforçou Rodrigues.
Por outro lado, a Região Sul enfrentará condições mais severas devido à formação de um ciclone extratropical, que deve se intensificar entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai até quinta-feira. Há previsão de ventos de 60 a 90 km/h, com possibilidade de tempestades acompanhadas de granizo, principalmente no sul do Rio Grande do Sul.
O ciclone também pode afetar áreas costeiras do Sudeste e trazer rajadas de vento até a Bahia. Esse cenário pode impactar negativamente culturas sensíveis, como trigo e hortifrúti, que estão em fase final de produção no Sul.
Além das chuvas volumosas, a passagem do ciclone deve provocar uma queda nas temperaturas no fim de semana, especialmente na Região Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. “Com a chegada desse ar frio, algumas localidades poderão registrar temperaturas abaixo dos 10°C, o que pode impactar pastagens e culturas de ciclo curto”, alertou Rodrigues.
Agrolink - Aline Merladete
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