terça-feira, 22 de outubro de 2024

Chuvas e colheita nos EUA pressionam mercado de soja: Chicago em queda

 

                                            Foto: Pixabay

Contrato de soja para novembro de 2024 registrou queda de 3,48%

Segundo análise de mercado da Grão Direto, o comportamento do mercado de soja foi influenciado por uma combinação de fatores climáticos e econômicos, gerando oscilações importantes tanto nos preços futuros quanto no mercado físico brasileiro. Chuvas recentes ao longo da BR-153 impulsionaram o avanço do plantio no Centro-Oeste, enquanto a colheita nos Estados Unidos, que já alcançou cerca de 75% da área total, adicionou pressão sobre as cotações na Bolsa de Chicago. No fechamento da última semana, o contrato de soja para novembro de 2024 registrou queda de 3,48%, encerrando a U$9,70 por bushel, enquanto o vencimento para março de 2025 recuou 3,67%, finalizando em U$9,97 por bushel.



O desempenho econômico abaixo do esperado da China também impactou o mercado, apesar das compras do país asiático terem evitado quedas ainda mais acentuadas nos preços. A expectativa é que a China continue recorrendo aos fornecedores da América do Sul, principalmente Brasil, Argentina e Paraguai, devido à guerra comercial com os EUA. Entretanto, a dimensão exata dessa demanda ainda é incerta.


Com a safra de soja 2024/25 no Brasil avançando lentamente — apenas 13% da área foi plantada até o momento, uma queda significativa em comparação a 2023 e 2022 —, a comercialização inicial também se encontra em níveis historicamente baixos, cerca de 12% abaixo da safra anterior. Se o ritmo das vendas não aumentar nas próximas semanas, a combinação de uma boa fase germinativa com chuvas abundantes poderá resultar em forte pressão baixista sobre os prêmios no início da colheita.



Com as condições climáticas favoráveis, o avanço do plantio brasileiro deverá ganhar força, mas o cenário segue desafiador para os preços. Caso a demanda chinesa não surpreenda positivamente, é esperado que o mercado continue pressionado em Chicago. Por outro lado, a alta do dólar — que fechou a R$5,70, com avanço de 1,42% na última semana — poderá trazer algum alívio para as cotações no Brasil.


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