terça-feira, 17 de setembro de 2024

Polícia Federal prende em MS alvo de grande operação contra lavagem de dinheiro

 

                                           Divulgação: Polícia Federal


Alvos estão distribuídos em cinco estados, e movimentaram mais de R$ 82 milhões de origem ilícita ao longo de dois anos

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (17) 66 ordens judiciais em cinco estados brasileiros. Destas, dez eram mandados de prisão, e um deles foi cumprido em Ponta Porã, com a prisão de Tiago Godoy, de 26 anos, apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).


A investigação se concentra em cinco núcleos autônomos que teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.


A ação, que envolve 190 policiais federais e tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD), executou 34 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.


A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 82 milhões em bens relacionados aos grupos criminosos.


O esquema de lavagem de dinheiro de amplitude internacional envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de recursos de origem ilícita, direcionando depósitos e transferências bancárias para terceiros utilizados como laranjas e para comércios, principalmente supermercados, sediados em regiões de fronteira do Brasil.


Posteriormente, os recursos são evadidos para casas de câmbio no exterior e permanecem à disposição das organizações criminosas.


As ações policiais fazem parte da Operação Vargas, que tem como objetivo de combater uma rede criminosa de abrangência internacional responsável por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ela é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre 

Brasil e Uruguai. Naquela ocasião, voltou-se o foco para empresa localizada no Chuí (RS), suspeita de receber grandes quantias de dinheiro de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


Mesmo depois de realizadas ações policiais, as atividades ilícitas persistiram, o que resultou na identificação de novos atores e núcleos componentes de uma rede criminosa internacional voltada para a lavagem de ativos ilícitos provenientes de diversos crimes.


Balanço, medidas de busca e apreensão: 

7 em Curitiba/PR;

1 em São José dos Pinhais/PR;

3 em São Caetano do Sul/SP;

1 em São Paulo/SP;

3 em Natal/RN;

1 em Ponta Porã/MS;

14 no Chuí/RS;

2 em Bagé/RS; e

2 em Aceguá/RS.


Alanis Netto

Com o Portal Correio do Estado

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