Na noite da última quinta-feira (1º), João Carlos Magalhães, de 31 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar na região do Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá.
Ele é o principal suspeito de matar a tiros João Fernando Alves Gonçalves, em uma fazenda na região de Rio Negro, também no Pantanal. O crime teria acontecido no dia 25 de julho, e desde então João Carlos Magalhães estava foragido.
Os agentes da PM teriam recebido informações de que ele estaria se escondendo em fazendas, e se deslocava durante à noite, pedindo comida e ameaçando as pessoas que o viam, dando tiros para o alto e ordenando que ninguém o denunciasse para a polícia.
Durante as buscas pelo suspeito, a viatura policial acabou atolando, o que fez com que os policiais continuassem a ronda a pé. Em determinado momento, avistaram um homem com as mesmas roupas descritas pelos denunciantes: uma camisa verde, gandola do exército, short verde e boné vermelho.
O homem não respondeu à abordagem, sacou uma arma de fogo e disparou contra os policiais, que atiraram de volta.
João Carlos Magalhães foi socorrido com sinais vitais, e deslocado para o hospital com o auxílio de uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. No entanto, não chegou a tempo no hospital, e a morte foi constatada dentro da ambulância.
Suspeito de assassinato
No início da noite do dia 25 de julho, João Fernando Alves Gonçalves, de 60 anos, foi morto com cinco tiros. Ele trabalhava como diarista para um empreiteiro, e estava sentado em uma cadeira quando foi baleado.
O autor dos disparos também trabalhava como diarista para um empreiteiro, que foi procurado pela polícia e afirmou que não sabia do paradeiro do homem. Outras pessoas ouvidas disseram que ele teria fugido e se escondido em propriedades vizinhas, e forneceram características do fugitivo.
João Fernando Alves Gonçalves foi sepultado em Corumbá, três dias após o crime.
47ª morte em confronto
Mato Grosso do Sul já soma 47 óbitos por intervenção de agentes do Estado em 2024.
As vítimas fatais eram em maioria homens (41), sendo que 6 das vítimas não tiveram o sexo informado. Quanto à idade, a maioria dos óbitos foram de jovens (25) entre 18 e 29 anos; seguida por adultos (13) de 30 a 59 anos; adolescentes (3) de 12 a 17 anos; e um idoso, de idade superior a 60 anos. Do total de registros, cinco não informaram a idade da vítima.
O índice deste ano é 24,1% inferior ao registrado nos primeiros sete meses do ano passado, quando 62 pessoas haviam sido mortas pela polícia.
Vale lembrar que 2023 foi recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.
Em 2023, a maioria dos mortos em confronto com a polícia foram homens (93,8%); com relação a idade, a maioria era jovem (54,9%) de 18 a 29 anos.
Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).
Portal Correio do Estado
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