Com a prata no salto, a ginasta Rebeca Andrade igualou os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael no posto de maior medalhista olímpica do Brasil, com cinco láureas. E neste domingo, 4, um outro candidato ao posto chegou ao seu local de competição em Paris 2024 para testar a raia olímpica. Isaquias Queiroz - ouro no C1 1000m em Tóquio; prata no C1 1000m, no C2 1000m, e bronze no C1 200m no Rio de Janeiro - irá disputar duas provas da canoagem velocidade nesta edição dos Jogos Olímpicos. Ele garantiu que continua com o foco de subir ao pódio olímpico duas vezes na França.
“Meu objetivo continua o mesmo, mas sabia que a Rebeca aqui tinha a chance de buscar muito mais medalhas que eu. Só tinha dúvida se sairia na prova por equipe. Fico feliz pela trajetória dela, ela teve várias lesões. Chegar nos Jogos Olímpicos e brilhar desse jeito enche o Brasil de orgulho e serve de motivação para todos os atletas. Ganhar mais de uma medalha em Jogos é muito especial. Eu sigo em busca das minhas duas medalhas, chegar à sexta medalha olímpica. A Rebeca ganhando medalha desse jeito me deixa até mais tranquilo, porque todo mundo fica de olho nela e eu fico aqui com menos pressão”, disse Isaquias, rindo.
“Brincadeiras à parte, ela e a equipe estão fazendo um grande trabalho. Agora eu, Lauro (de Souza, técnico) e toda a comissão da canoagem velocidade queremos também fazer o nosso e representar bem o Time Brasil”, completou.
As provas da canoagem velocidade serão disputadas no Estádio Náutico Água Branca, em Vaires-sur-Marne. Isaquias e Jacky Godmann caíram na água para testar a raia olímpica pela primeira vez. As disputas da modalidade começam na próxima terça-feira, 6.
“Vamos ter pouco tempo para nos adaptarmos à água, é tentar sentir o máximo até o dia da prova. A questão para mim hoje é foco total na competição. Raia é raia, e o que vai fazer diferença mesmo é você se concentrar e focar só na prova”, analisou.
A primeira prova de Isaquias será o C2 500m, ao lado de Jacky. O baiano está confiante em relação ao desempenho do barco. “Treinamos bastante, esse ano viemos com a ganância de buscar duas medalhas, o primeiro lugar tanto no C1 quanto no C2. Evoluímos muito em 2024, Jacky está em forma. A preparação dele foi melhor (em relação a Tóquio). O barco está andando para fazer tempo de 1:36, 1:37. É tempo para brigar pela medalha de ouro”, contou.
Se dividir entre as duas provas exigirá uma estratégia muito bem traçada, mas Isaquias acredita que é possível dosar a energia e chegar bem nas duas disputas.
“Agora é focar na prova do C2 primeiro e ver como vai estar a competição. Vamos ter que intercalar as ter uma estratégia para chegar descansado em cada uma delas. No C1, só depende de mim, será uma prova muito pegada. Jogos Olímpicos é diferente, tem gente que anda antes e, quando chega aqui, sente um pouco. Espero que eu possa fazer uma boa prova e sair daqui com duas medalhas de ouro que é o meu desejo e de todos da comissão técnica da canoagem”, completou.
Além de Isaquias e Jacky, a canoagem velocidade do Brasil conta com Ana Paula Vergutz (K1 500m), Valdenice Nascimento (C1 200m), Mateus Nunes (C1 1000m) e Vagner Souta (K1 1000m).
COB
Nenhum comentário:
Postar um comentário